Natal e Réveillon estão chegando… Tá estressado?

"Este é um tempo cíclico, marcado por final e recomeço. Algo que causa nas pessoas a ideia de que haverá mais tempo para ter mais tempo".  O psiquiatra e psicanalista Alcimar Lima. Foto: Luiza Sigulem.
“Este é um tempo cíclico, marcado por final e recomeço. Algo que causa nas pessoas a ideia de que haverá mais tempo para ter mais tempo”. O psiquiatra e psicanalista Alcimar Lima. Foto: Luiza Sigulem.

As festas estão chegando. E o turbilhão de contingências de dezembro vem a tiracolo: comprar presentes e fazer uma ceia inesquecível; visitar amigos e parentes; driblar o caos nas estradas e aeroportos. Como esclarece o psicanalista Alcimar Alves de Souza Lima, é tempo de estresse, mas também de desacelerar e nos permitir a sonhar. Além dele, ouvimos seis brasileiros que não necessariamente farão essas mesmas escolhas.
 
Por mais contraditório que possa parecer, no turbilhão de acontecimentos típicos de fim de ano, a ordem é desacelerar, dar vazão às nossas subjetividades e, sobretudo, relativizar as frustrações perante aquilo que não pudemos realizar no ano que vai chegando ao fim. Munidos da mesma serenidade, devemos projetar cenários mais verossímeis para as expectativas que alimentamos em relação ao Ano Novo. Caso contrário, parte dessas pretensões será vertida nas frustrações que iremos lamentar no final de 2014.

É o que conclui e recomenda aos leitores da Brasileiros Alcimar Alves de Souza Lima, psiquiatra e professor do curso de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo. Na entrevista a seguir, ele explica que oscilar nessas duas variáveis – tentar desesperadamente sanar pendências do ano que termina e transferir o que ficou insolúvel para a lista do seguinte – é algo para lá de comum. Mas, muitos de nós, também estamos suscetíveis a experimentar certa melancolia – seja pela ausência de alguém que perdemos ou pela “ditadura” da felicidade imposta nesta época do ano. A boa nova é que, segundo Alcimar, a saída para nos livrarmos de tamanha pressão e carga emocional está dentro de nós mesmos.

BrasileirosComo construímos essa sensação de estresse, tão acentuada nas festas de final de ano?

Alcimar Alves de Souza Lima – O estresse sempre vem acompanhado da ideia de que o ser humano foi invadido por uma quantidade de intensidade que não será capaz de processar em seu aparelho psíquico. Essa intensidade destrói ligações psíquicas, desorganiza o aparelho em vários níveis, e o final do ano é propício para essas situações, pois além do acúmulo de atividades, há também uma sobrecarga emocional, que acomete muitas pessoas por  revivenciarem acontecimentos que orbitam no universo emocional.

BrasileirosComo a ausência de algum amigo ou familiar querido?

A.L. Sim. Esse é um tempo em que muitos têm a necessidade simbólica de revivenciar sofrimentos, e eles reaparecem, justamente, nessas ocasiões. Algo mais recorrente em pessoas com tendências melancólicas e depressivas, que sentem isso com uma intensidade muito maior do que aquelas que conseguem processar perdas com maior facilidade.

BrasileirosO dever de aparentar felicidade no Natal e otimismo no Ano Novo também eleva essa pressão?

A.L. Sim. Essa é uma característica da contemporaneidade, pois nem sempre foi assim. O Natal e o Ano Novo tinham a tradição de ser um período religioso, de reflexão. Mas, atualmente, a situação parece ter degringolado. Com essa questão contemporânea da felicidade, todos os dias têm de ser marcados por essa felicidade. A Sexta-feira da Paixão e o Dia de Finados deveriam ser, pela tradição, dias de maior recolhimento, mas tornaram-se feriados comuns, pois, neles, também existe esse “dever da felicidade”. Essa imposição que, depois, se insere na categoria das intensidades e das exigências que nos levam ao estresse.

BrasileirosQuestões essas que são agravadas pelo ritmo frenético da contemporaneidade…

A.L. O tempo da contemporaneidade é acelerado, especialmente nesse período do ano, pois o excesso de informações – o trânsito congestionado das ruas, o shopping center hiperlotado e as emoções afloradas –  faz com que a sensação de passagem do tempo fique alterada e tenhamos a percepção de aceleração. Quanto menos vivência subjetiva e de interioridade tivermos, mais o tempo irá acelerar. E o tempo acelerado se caracteriza pela dificuldade de o sujeito promover simbolizações, que é a capacidade do aparelho psíquico de captar o que ocorre nos acontecimentos e transformá-los em representações na nossa interioridade. A sensação de aceleração do tempo, na contemporaneidade, ocorre porque o aparelho psíquico perdeu essa capacidade. As pessoas começam a viver continuamente em “tempo real”, e isso dá a elas a sensação de aceleração.

BrasileirosE como é que esse estresse pode afetar nosso corpo?

A.L. Ele está na base de uma gama de doenças. As intensidades invadem o aparelho psíquico em tamanha quantidade que não podem por ele ser processadas. Se esse processo não flui em um tempo lento, adequado às simbolizações, tais intensidades podem, dependendo de suas fragilidades corporais ou genéticas, invadir nosso corpo de forma nociva. Se a pessoa tem uma fragilidade maior no sistema vascular, provavelmente vai desenvolver pressão alta; se tem uma maior fragilidade no metabolismo do açúcar, desenvolverá diabetes. Mas é importante dizer que não é somente a intensidade que provoca doenças. A incidência depende das fragilidades corporais de cada um de nós.

BrasileirosComo explicar essa espécie de “catarse coletiva” instaurada entre Natal e Ano Novo? 

A.L. Esse é um tempo cíclico, marcado por final e recomeço. Algo que causa na pessoa a ideia de que sempre haverá tempo para ter mais tempo. Uma manobra para camuflar coisas como morte e sensações traumáticas, pois há sempre a ilusão de um recomeço – aliás, uma ilusão saudável, que quase todos compartilhamos, pois nos traz a ideia de recomeço. O trágico disso é que pessoas melancólicas, depressivas e psicossomáticas, em geral, têm também tamanho percurso interiorizado que, para elas, esse recomeço abrirá um novo ciclo de sofrimento. Essas pessoas, de certa forma, até saem desse paradigma do imperativo da felicidade. São um contraponto à contemporaneidade, na qual, já não há mais espaço para drama ou queixumes. Situações que eram bem mais comuns, pois a sociedade vivia muito mais em um enaltecer do sofrimento do que hoje, em que há esse enaltecimento da felicidade sem fim.

Brasileiros E como é possível manter um equilíbrio saudável?

A.L. As pessoas precisam trabalhar melhor seus lutos e as suas perdas. Precisam ter um pouco mais de habilidade para lidar com questões como essas. Com esse tempo acelerado, nossa tendência tem sido acabar com velhos rituais. O próprio Natal tinha toda a ritualística de ser a festa de nascimento de Cristo. Hoje, há tamanha linearização que outras datas também tornaram-se feriados comuns, como qualquer outro. Dias para ir à praia com a família ou os amigos. Quando isso começa a acontecer, o simbólico é atacado. E é ele que dá consistência ao nosso aparelho psíquico. Que faz fundamentar nossas experiências para poderemos criar referências de vida e dar a elas consequências. Quando essas referências e consistências começam a ser perdidas pela população, a consequência coletiva é que começamos a viver em um universo caótico.

 BrasileirosE como devemos agir, individualmente, para nos livrarmos dessa consequência coletiva?

A.L. Conseguindo nos auto-organizar, de forma consistente, sairemos desse tempo de altíssimas intensidades, caótico e acelerado. Em meio a esse caos, devemos criar referências, dar consistência à nossas vivências e dar a elas consequências. Referência, consistência e consequência são fundamentais. Podem fornecer ferramentas essenciais para auto-organizar o próprio caos ou o caos coletivo.


ARQUIVO PESSOAL
Queremos que o ano acabe logo para podermos usufruir dos amplos horizontes de um calendário novinho em folha, mas tentamos até o último minuto de dezembro fazer acertos de contas com as promessas que não realizamos. Leia o artigo do psicanalista Rubens M. Volich sobre o acerto de contas com o calendário e ambivalência neste período.


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Uma gay em família

A jornalista e escritora Milly Lacombe já sentiu melancolia e solidão nesta época do ano. Com a chegada dos nove sobrinhos e o fato de ter saído do armário, a situação mudou radicalmente

 

A jornalista e escritora Milly Lacombe. Arquivo Pessoal.
A jornalista e escritora Milly Lacombe. Arquivo Pessoal.

abre_aspasO desprezo que sinto pelo Natal, e por tudo o que o cerca, talvez esteja ligado à minha homossexualidade. Antes, quando éramos seis, e a festa associada à família e à religião era inescapável, a melancolia vinha diretamente do fato de saber que nunca teria meu próprio núcleo familiar, pelo menos não aquele com o qual eu sonhava, porque ele era considerado um equívoco à norma social. Quando minhas irmãs começaram a levar seus namorados para a ceia, minha solidão se agigantou. Por essa época, dizer a meus pais que eu era gay era tão provável quanto imaginar o Corinthians campeão da Libertadores. Mas a vida prega peças e faz isso debochando de todas as nossas convicções. E ainda que anos depois eu tenha encontrado, sabem as renas onde, coragem para sair do armário, ainda que tenha tido a petulância de levar minha mulher para a ceia, ainda que o universo tenha tramado para que minha mãe homofóbica tirasse minha mulher no amigo secreto e desse a ela um presente lindo, o Natal nunca perdeu o aspecto melancólico. Talvez porque minha percepção em relação a ele tenha sido formada na adolescência, e essas imagens sejam difíceis de apagar. Olhando em retrospecto, tudo mudou mesmo com a chegada delas, as crianças. Ao todo, nove: quatro de uma irmã, três da outra e as gêmeas de meu irmão. É complicado continuar a detestar uma festa quando ela passa a significar a interação com nove crianças durante toda a noite. Nove crianças que amam você, mesmo sem ter muita coisa para que elas sintam isso – e mesmo que você tenha decretado que não dá mais presentes a ninguém (por motivos de orçamento). Por causa dessas nove novas almas, o Natal ficou mais barulhento e caótico, mas também infinitamente mais divertido. E eu e meu núcleo – formado por outra mulher e duas cadelas – adoramos frequentar a bagunça ensandecida que virou a noite de Natal. fecha_aspas

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Uma judia na ceia de natal

Para a advogada e cantora Branca Lescher, que nasceu em berço judaico e se casou com um não judeu, as festas de final de ano já foram uma complicação. Mas não mais

A advogada e Cantora Branca Lescher.
A advogada e Cantora Branca Lescher. Arquivo pessoal.

abre_aspasSer judia e não ser religiosa é meio complicado. Não estudei em escola judaica nem morei em bairro comum à comunidade. Até a adolescência, só convivia com uma avó que morava no Bom Retiro, em São Paulo, e comia comidas judaicas feitas por ela. Naquela época, não se comemorava nada em casa – nem as festas judaicas. Assim, íamos à casa de amigos dos meus pais, onde ganhávamos uma lembrancinha, quase sempre um momento de constrangimento – o amigo ‘judeu’ chegava com a família toda e alguma coisa precisava ser ‘dada’ às crianças. Uma hora, minha mãe resolveu que teríamos árvore de Natal. Nossa festa durou até a minha irmã entrar em uma escola judaica – seria difícil explicar isso à comunidade. O problema se resolveu quando comecei a namorar meu marido, que não é judeu, criado em uma família que adora Natal, árvore decorada, ceia e presentes. Não só ia à casa dele, como levava a minha família, os mais felizes da noite. O Ano Novo nunca foi problema por que, não sendo religiosa, a passagem se justifica por si, o calendário muda, outro ano começa. Só tive a dimensão dessa diferença quando morei em Israel e entendi que lá o Ano Novo do nosso calendário não diz nada a eles. Por um tempo, depois de casada e com filhos pequenos, achei graça em montar a árvore de Natal. Mas as crianças cresceram e se tornaram simpáticas da religião judaica. Então, entendi que a tal árvore teria de voltar para o armário. Por outro lado, faz uns dez anos que organizo o Ano Novo judaico – Rosh Hashaná – da maneira mais solene que posso: convido a família toda, inclusive a do meu marido, e é ótimo. Assim, tenho duas festas de Ano Novo, uma interna, espiritual, e outra só festa – e sempre tem uns presentinhos. Isso quer dizer que agora está tudo descomplicado.fecha_aspas

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Pé na estrada

Avesso às festividades, o publicitário Lucas Pestana prefere viajar nesta época do ano. O hábito o levou a lugares marcantes, onde cultivou novas amizades e até amores furtivos

Publicitário Lucas Pestana. Arquivo Pessoal.
Publicitário Lucas Pestana. Arquivo Pessoal.

abre_aspasVenho de uma família evangélica, cegamente religiosa. Entre eles, nunca tive a chance de experimentar um final de ano com tudo o que o feriado exige: ceia, peru, fantasia errada de bom velhinho para o clima tupiniquim, presentes, árvores e meias com doces. Quando criança, não tinha a percepção que a ausência desse ritual poderia me atingir. Até que a conta começou a pesar e ser cobrada durante a adolescência, depois que presenciei uma das festas de Natal de toda a família na chácara de uma das minhas avós – sem a presença dos meus pais, óbvio. Mesmo assim, ainda não tinha idade suficiente para quebrar tais ‘tabus’ da religião dentro de casa.

O cenário mudou de cor quando decidi seguir meu próprio caminho de vida, claramente apoiado pela chegada dos 18 anos, e a homossexualidade aflorando. A partir de então, decidi fugir de todas as celebrações de finais de ano e partir para bem longe, se possível, em outros países. Foi assim que embarquei num cruzeiro para conhecer Punta Del Este e Montevideo; depois fui à Buenos Aires; à Londres; Nova York, Filadélfia e à Flórida, nos Estados Unidos. Já que não poderia compartilhar as festas de fim de ano com minha própria família, decidi que poderia ser eu mesmo o “presente de Natal” de outras pessoas, como os amigos e amores que fiz nessas viagens.

Neste ano, que vou apenas ao Rio de Janeiro no Reveillón, para o Natal, vejam só, estou pensando em comprar algumas bolas coloridas reluzentes, uma grande estrela, luzes de led piscantes, para decorar um pinheiro, e, quem sabe, cozinhar um peru recheado para acompanhar um arroz com passas. Afinal, será o meu primeiro Natal. Ou não.” 
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Momento imprevisível

A delegada Renata Pontes, há anos, dá plantão em uma das festas de fim de ano. Dependendo da situação, até dobra. Mas, para ela, é preciso abstrair das comemorações porque esta temporada dá trabalho

A delegada Renata Pontes. Arquivo pessoal.
A delegada Renata Pontes. Arquivo pessoal.

abre_aspasEstou há 17 anos nesta profissão e, portanto, não sei dizer quantas festas de fim de ano, Natal e Ano Novo, já passei trabalhando. Em um primeiro momento, dá chateação ficar longe da família, geralmente envolvida em situações pouco agradáveis ou de celebração. Mas essa condição faz parte da profissão que escolhi para a minha vida e, quem entra nela, acaba se acostumando. Para mim, além dos plantões desta época do ano, tenho outro complicador para me reunir com meus familiares: a maioria deles mora no interior de São Paulo e nem sempre é possível um encontro, mesmo que eu esteja de folga. Hoje sou delegada titular da 27ª Delegacia de Polícia, no Campo Belo, na zona sul de São Paulo. Porém, já comandei as investigações do caso em torno da morte da menina Isabela Nardoni e ajudei a prender os acusados, o pai e madrasta envolvidos nesse crime, que aconteceu em março de 2008. Também investiguei o caso Suzane Richthofen, que ajudou o namorado e o irmão a matar seus pais em outubro de 2002. Então, é o que sempre digo: é preciso esquecer que em dezembro existem datas comemorativas porque não dá para prever nunca o que vai acontecer. No entanto, São Paulo costuma ficar mais vazia nesta época do ano. Por outro lado, tem a alegria, que, em geral, inclui muita bebida e drogas. A gente percebe um aumento considerável de ocorrência no dia 25 de dezembro, quase sempre por causa de brigas familiares. Em alguns casos, com violência. As pessoas se reúnem, passam o dia juntas, bebem em excesso e as diferenças vêm à tona. Na madrugada do dia 31, também surgem problemas. E a gente precisa estar a postos.fecha_aspas

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Revezamento de festas

A produtora cultural Patrícia Scótolo tenta evitar o estresse de fim de ano com um calendário alternado entre pais, para poder curtir as festas com os filhos e enteados

A produtora cultural Patrícia Scótolo. Arquivo pessoal.
A produtora cultural Patrícia Scótolo. Arquivo pessoal.

abre_aspasPais e mães separados sempre ficam insatisfeitos na hora de passar as festas de fim de ano sem seus filhos. Sem dúvida que dá um pouco de estresse juntar todo mundo. No caso da nossa família, tudo acontece de modo razoavelmente tranquilo porque já existem os combinados, que funcionam há alguns anos. Mas sempre rola uma irritaçãozinha por conta dos horários, nos respectivos dias – a hora de chegar e de voltar para casa, porque ninguém quer ficar sem as crianças, na verdade. Enfim, embora os esquemas já estejam determinados, os adultos querem um pouco mais. Assim, quem tem de “devolver” as crianças acaba atrasando, e o outro fica bravo. Nada caótico, especialmente porque as crianças percebem esses movimentos e, afinal, são dias de festas. Além da minha filha, Laura, de 10 anos, da minha relação anterior, tenho um filho, Artur, de 4 anos, com meu atual marido. E dois enteados, filhos do primeiro casamento dele: Helena, 14 anos, e João Pedro, 10. Ambas as datas são compartilhadas em esquema de revezamento. No ano em que o Natal é com o pai dos meus enteados, eles passam o Réveillon com a mãe. Este ano, por exemplo, a passagem de ano será na nossa casa. Propusemos um amigo secreto para o dia 24 de dezembro, mas há tempos fazemos um esquema de pensarmos os presentes juntos. Costumamos montar uma divisão de tarefas. Assim, eu compro o presente de Laura e de Artur,  mas o presente é dado como se fosse nosso, e ele compra os dos dois maiores e combinamos também que são dele e meu. Na nossa família, desde que Laura nasceu, temos um ritual de Papai Noel. Meu pai se veste do bom velhinho, eu de Mamãe Noel, e Laura e Artur entram de ajudantes. Eles esperam ansiosos esse dia e adoram participar da brincadeira de distribuição dos presentes. É a magia do Natal, que procuramos preservar, porque faz parte do imaginário das crianças. Adoramos respeitar isso. 
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Muitos casamentos, três filhos e uma enteada

O mecânico Luiz Parede, que sempre morou com os filhos e recebe presente até no dia das mães, aprendeu a administrar o estresse das festas de fim de ano com suas ex-mulheres  

Luiz Parede.com os dois filhos dele Alan e Felipe. Foto: Luiza Sigulem.
Luiz Parede.com os dois filhos dele Alan e Felipe. Foto: Luiza Sigulem.

abre_aspasHá 20 anos, eu me separei de minha segunda mulher, e nossos dois filhos, Alan, na época com 5 anos, e Felipe, 2, quiseram morar comigo. A mãe aceitou pacificamente, já que sou grudado neles até hoje. Aqui sempre foi marcação cerrada, homem a homem. Explico como são as coisas e nunca escondi nada deles. Acho que esse é o segredo. Mais tarde, o meu filho mais velho, Zeca, de outro casamento, também quis viver comigo. Ele tinha 11 anos. Desde o início, procurei uma forma de não transtornar os meninos nesta época do ano. Como minhas ex-mulheres moram perto de casa, os garotos, em geral, jantam comigo na noite de Natal e depois visitam as mães. Zeca já é pai de uma menina de 3 anos. Ele e a família moram em Santa Catarina, mas todo o ano eles vêm a São Paulo para me visitar. Há três anos, eu me casei novamente e ganhei uma enteada, Andressa. Nosso Natal é uma alegria. Já no Ano Novo, a coisa muda. Todo mundo quer comemorar com os amigos, namoradas…
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