Sábado (28), quem foi ao Teatro Guarany, no Centro Histórico de Santos, litoral paulista, precisou ter sorte para encontrar lugar. Cerca de 430 pessoas formaram a maior audiência para uma mesa da Tarrafa Literária, cuja quinta edição acabou domingo (29). Tanta concorrência foi para garantir presença no debate “A beleza salvará o mundo”, com Glória Kalil e Contardo Calligaris.
O recorde de público também é do evento como um todo: quase 4 mil pessoas se dividiram entre os bate-papos, a Tarrafinha, que teve contação de histórias, o show de abertura com Hamilton de Holanda Trio, da oficina de Criação Literária ministrada pelo português Gonçalo M. Tavares e da exposição de fotos de autores promovida pelo Instituto Moreira Salles. Segundo o organizador, José Luiz Tahan, o crescimento deve-se ao maior número de alternativas. “Conseguimos expandir a programação para mais espaços e, ao mesmo tempo, oferecer atrações mais variadas, ratificando o festival como opção relevante de entretenimento cultural”, afirma. Além disso, 2013 é o ano que teve o maior número de estrangeiros: o mexicano Juan Pablo Villalobos, a estudunidense Elizabeth Kantor e o próprio Gonçalo.
Para o escritor e roteirista Antônio Prata, a abrangência de um festival do gênero se dá justamente por deixar o leitor frente a frente com seu autor predileto. “Precisamos desmistificar o escritor. E quando o público percebe que o autor também fala besteiras, é um sujeito comum, há maior proximidade e, assim, a literatura chega a mais pessoas”, afirma. Ele integrou a mesa “Vida longa aos textos curtos”, ao lado de Marcelo Rubens Paiva.
Tahan diz que a tendência é crescer e projeta para 2014 mais mesas no festival. “Queremos que a maratona comece mais cedo, pela manhã”, ressalta o livreiro, responsável pela Realejo Livros.
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