O Rio de Janeiro recebeu no último final de semana a segunda edição da Feira Nacional de Aviação Civil. O povo carioca também mostrou muita receptividade e aceitação pelo evento, lotando a feira durante os dois dias, mesmo com o tempo que teimou em não ajudar. A feira aconteceu mais precisamente no 3° COMAR, no aeroporto Santos Dumont.
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Na sexta-feira (24), houve uma pequena prévia do que seria o evento, com a presença da imprensa, de algumas autoridades, como Solange Vieira, presidente da ANAC, e de alguns representantes de companhias aéreas, além de aproximadamente 600 crianças de escolas públicas. No fim do dia, o que se viu foi a apreensão de alguns organizadores do evento, pois a chuva impediu que 80% dos aviões previstos para serem expostos não comparecessem. A Brasileiros conversou com a presidente da ANAC e ela, em tom esperançoso, revelou que a expectativa era a de que o tempo ajudasse e as outras atrações da feira estivessem presentes no dia seguinte quando, finalmente, a feira iria dar as caras para o cidadão carioca.
Para a felicidade de Solange, e de todos que compareceram à feira no sábado (25), o tempo melhorou, permitindo a chegada de vários novos aviões. A feira abriu às 9 horas em ponto no sábado e, já no começo, o público demonstrou que iria comparecer. Com muita interação e com cara de parque de diversões, os organizadores conseguiram atrair muitas famílias ao evento. Em vez de palestras técnicas e específicas, normalmente muito cansativas para o público, a organização optou pela liberação das pessoas no interior de aviões e helicópteros, além da diversão com alguns simuladores e sorteio de brindes. No pátio exterior, onde estavam expostos os protagonistas do evento, as crianças se divertiam jogando aviõezinhos de isopor para todos os lados.
À tarde, o jornalista William Waack passou quase como um avião no evento. Deu uma palestra muito bem humorada no auditório, contando algumas histórias sobre jornalismo e aviação, sua profissão e sua paixão. Após responder a algumas perguntas, Waack foi até o estande da Brasileiros, onde bateu um rápido papo e contou um pouco sobre a origem dessa paixão.
No domingo (26), o tempo melhorou mais um pouco, porém longe de ser digno do Rio 40 graus. Logo no começo do dia, o repórter aéreo da CBN do Rio contou algumas histórias sobre sua profissão e sua vida. Depois, a Brasileiros conversou com Paula Faria, diretora da Sator, responsável pela organização do evento. Na conversa, Paula revelou que a expectativa inicial era de que 50 mil pessoas comparecessem ao evento durante o final de semana. Porém, quando a chuva apareceu o pessimismo tomou conta. No final de tudo, mesmo em condições adversas, o resultado acabou sendo muito positivo, já que 40 mil pessoas compareceram ao evento. Outro fato positivo foi a arrecadação de alimentos. A doação era opcional, pois a entrada era gratuita, mas, mesmo assim, o carioca colaborou e quase 1 tonelada de alimentos foi arrecadada.
O público presente também falou à Brasileiros e confirmou o sucesso do evento. A administradora Rosângela Brito falou sobre a importância da feira. “É muito bom as pessoas conhecerem a aviação de maneira mais didática, principalmente as crianças”, opinou. Mal ela pode terminar a frase e seu filho a puxou para entrar na fila de visitação do Boeing 737-800 da Gol, que seguramente foi a atração de maior sucesso na feira.
Francisco Araújo, reformado das forças do Exército, também aproveitou o domingão para levar o filho à feira e ressaltou a importânciada da conscientização em torno da feira. “Apesar da presença de algumas crianças na sexta e da entrada gratuita no sábado e no domingo, é preciso mais. É necessário condução para comunidades carentes mais distantes, para que, quem sabe no futuro, dali saia um piloto”. Fora isso e uma pequena reclamação sobre as filas, Araújo elogiou muito o evento e ainda ressaltou a importância para a convivência social.
Informação pode se misturar com entretenimento. A 2ª Feira Nacional de Aviação Civil serviu, também, para mostrar para outras áreas que eventos como esse são possíveis, e o público presente foi a prova disso. Nem o principal inimigo da aviação, o tempo, foi capaz de sabotar o evento.
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