Terá sido tudo obra dele?

Será tudo obra dele?
Será tudo obra dele?

Meus caros, não é questão de crer ou gostar, o fenômeno é inquestionável. Quando vocês estiverem lendo essas linhas, cerca de um milhão e meio de brasileiros já terão assistido ao filme Nosso Lar, baseado no livro homônimo psicografado por Chico Xavier, recorde absoluto do cinema nacional esse ano. Não vou esconder que eu suspeitava que isso poderia acontecer, a julgar pelo recorde que a biografia do próprio autor bateu alguns meses atrás, e fiz questão de dar a dica aqui, na sexta-feira dia 3. Dois filmes, sobre autor e obra, arrasando nas bilheterias, e os dois filmes nacionais, isso é maravilhoso. Já escrevi sobre o primeiro filme, do qual gostei bastante, e recomendei. O segundo, que estreou há 10 dias, não é tão bom, mas ainda assim eu acho que deve ser visto, mas não com olhos de cinematografia normal. Estamos falando de espiritismo, a doutrina Kardecista, que curiosamente ganhou grande dimensão apenas aqui no Brasil, no resto do mundo é muito menos difundido. Por quê razão? O filme, tal como o livro, diga-se, tem uma linguagem simplória, o que me parece natural, pois se dirige a todos os públicos, de todas as idades e níveis de compreensão. O roteiro segue a didática do livro, dizem meus amigos espíritas que é bastante fiel, e seria difícil fazer algo muito requintado, dentro do padrão Hollywood, mesmo batendo outro recorde, o de maior orçamento do cinema nacional esse ano, que não atinge 20 milhões de dólares, menos do que os salários das grandes estrelas do cinema de hoje. O elenco une grandes nomes da televisão brasileira, gente como Paulo Goulart, Othon Bastos, a sempre ótima Rosane Mulholland, o delicioso (permitam-me) Fernando Alves Pinto, e a música é de ninguém menos do que Philip Glass. Vale ainda dizer que o espiritismo vê com olhos de grande sabedoria outro fenômeno – o da homossexualidade. Não sejam chatos, vejam o filme, e venham comentar aqui.

Curioso, falei tanto de espiritualidade na sexta-feira, e acabei me decidindo por esse post enquanto pensava no dia terrível que foi sábado, 11 de setembro, 9 anos de um daqueles momentos da vida em que todos vão se lembrar o que estavam fazendo quando ouviram uma notícia. Confesso que a mensagem elevada do espiritismo me dá esperanças de que algo como aquilo não se repita, o que sei ser de uma ingenuidade quase (totalmente) piegas. E vejam vocês o paradoxo – eu aguardo ansiosamente pela estreia de outro filme nacional, Tropa de Elite 2, que eu já sei que, como o primeiro, será uma maravilhosa porrada no estômago, pois trará uma realidade que eu leio nos jornais todos os dias. Abraços do Cavalcanti.


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