O terremoto ocorrido nessa terça-feira (24) no Sudoeste do Paquistão fez mais de 250 mortos e cerca de 400 feridos, de acordo com o último balanço das autoridades, que informaram que esses números ainda podem aumentar. As equipes de resgate tentam encontrar sobreviventes em uma área remota, que foi afetada pelo terremoto de 7,8 graus na escala Richter, um dos piores da última década no país.
“Até agora, contabilizaram-se 216 mortos na área de Awaran e mais de meia centena em Turbat”, disse um porta-voz do governo regional da província do Baluchistão, Abdul Manan.
O epicentro do terremoto localizou-se na área de Khuzdar, a mais de 200 quilômetros (km) de Awaran, e registrou-se a 10 km de profundidade, segundo o Departamento Meteorológico do Paquistão. O terremoto foi sentido em várias localidades do país, bem como na capital da Índia, Nova Delhi, nos Emirados Árabes Unidos e em Omã.
O porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres, Kahran Zia, admitiu que o número de vítimas pode aumentar. Adiantou que foram enviados ao local helicópteros do Exército para transportar os feridos mais graves para as cidades de Quetta e Karachi. Segundo Zia, hoje será instalado um hospital de campanha em Awaran.
Fontes militares informaram que mais de mil soldados foram enviados para a região mais afetada e para Quetta e Karachi, a fim de ajudar as vítimas. As autoridades locais pedem o envio de água potável e medicamentos.
No Baluchistão, os terremotos são frequentes. Em 2008, a área foi afetada por um terramoto que deixou mais de 200 mortos. O pior terremoto da história do Paquistão ocorreu em 2005 na região da Cachemira, território no Norte do país disputado com a Índia. Estima-se que tenham morrido pelo menos 80 mil pessoas.
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