Tim Maia, 70

Sebastião Rodrigues Maia, ou simplesmente Tim Maia, o patrono da soul-music brasileira, completaria 70 anos nesta sexta-feira, 28. Para celebrar as sete décadas do Síndico, festas e transmissões de especiais, radiofônicos e pela internet, relembram clássicos do cantor e compositor e multiplicam-se, em capitais como Nova York, Los Angeles, Paris, Londres, Melbourne, Chicago, Milão, Estocolmo, Gothenburg, São Paulo e Belo Horizonte.

Na próxima semana, em 2 de outubro, por iniciativa da gravadora americana Luaka Bop, será lançada no mercado norte-americano uma coletânea dupla, em vinil, intitulada Nobody Can Live Forever – The Existencial Soul of Tim Maia. O LP é o quarto título da série World Psychedelic Classics e foi destaque na última edição de Brasileiros, com o título Tim Maia tipo Exportação. Em entrevista à repórter Natalia Chiarelli, Yale Evlev, diretor de marketing da Luaka Bop, defendeu singularidades da obra de Tim e o amigo Jorge Ben Jor (que deu a ele o apelido de Síndico): “O soul brasileiro é soul de uma forma diferente, dentro de um gênero em que isso parece uma impossibilidade. De certa forma, é isso que é tão refrescante sobre a coisa toda. Tim Maia e Jorge Ben Jor são cheios de soul, mesmo não fazendo música basea­da no blues, como faz o soulman americano. Mas, apesar disso, o sentimento e as emoções que dão nome ao gênero (ou seja, alma) estão todos amplamente em suas obras”.

Capa de LP de Tim Maia

Homenageado em Tim Maia – O Musical, um dos grandes êxitos da recente onda de musicais brasileiros (leia resenha de Isabela Flórido com o título Tributo a Tim Maia), ele também foi destaque de nossa edição 29, de dezembro de 2009, com a publicação de uma entrevista, até então inédita, concedida em 1995 aos repórteres Marcio Gaspar e Lauro Lisboa Garcia – Tim Maia Inédito. Na ocasião, a Brasilerios reproduziu excertos de áudio com os melhores momentos da conversa, que podem ser ouvidos em live-streaming.

Morto em março de 1998, aos 55 anos, Tim Maia foi figura controversa, de talento proporcional à loucura de sua vida desregrada. Publicada em 2007, pelo amigo e jornalista Nelson Motta, a biografia Vale Tudo – Tim Maia resgatou histórias impagáveis vividas por ele, bateu recordes de vendagens, evidenciando o carinho dos brasileiros pelo Síndico, e ajudou a perpetuar a memória deste que foi um dos maiores artistas do País.

Salve Tim!

1971 – Tim Maia em sessão de fotos para a capa do seu segundo LP

 


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