Meus caros, amanhã é a festa de sete anos da Toy. Aqui vai o link com as informações básicas. Toy, brinquedo em inglês, rima com Joy, alegria, e isso é mais que uma coincidência, é parte do fenômeno. Sete é um número cabalístico, as explicações para isso não cabem nesse post, basta vocês saberem que sete anos atrás nossa noite era diferente. Tínhamos uns poucos clubes bons, ótimos DJs, e grandes filas nas portas, filas de gente que queria e merecia mais do que aquilo. A Ultralounge era a mais sofisticada, a Level a maior, ambas tinham ótima música, mas infraestrutura limitada ou precária, a fila de entrada da Level parecia o coro dos escravos hebreus na ópera Aida, judiados por uma hostess cujo nome faço questão de esquecer. André Almada era promoter na Ultralounge, que bombava, e enxergou o potencial: tinha gente demais para noite de menos, foi quando ele organizou a primeira Toy.
Mais espaço, música excelente, bela produção, infraestrutura caprichada. O povo tinha de ser bem tratado. Era para ser festa de gente grande e foi. O curioso é que eu só consigo me lembrar deles como um bando de garotos, corajosos e talentosos, mas todo mundo começando. João Neto, hoje um dos melhores djs do Brasil, era personal trainer, dos bons, animava suas aulas brincando de DJ, foi convidado para brincar na festa. Dizem que ele até errou no início, normal, eu estava lá e nem percebi. Grá Ferreira, lindíssima, era apenas hostess, demoraria para também se tornar a grande diva que é hoje, ficavam ela e Marcelu Ferraz na porta. Não sei quantas Toys tivemos, mas elas foram acontecendo, somando sempre o melhor da festa anterior, e iniciaram uma nova era na nossa noite. A Toy foi a matriz da The Week, que por sua vez é o modelo dos grandes clubes de São Paulo hoje. Em se falando de noite gay, temos hoje uma das melhores do planeta, e aquele foi o momento em que tudo começou a mudar. A Toy de amanhã promete ser a melhor festa do ano, e, provavelmente, vai mostrar o que teremos nos próximos sete anos. Não percam.
Deixe um comentário