Transposição do Velho Chico

O rio São Francisco nasce em Minas e sua foz está na divisa entre Sergipe e Alagoas. São 2.700 km e cinco Estados, pois Bahia e Pernambuco também são banhados por ele. Para sua transposição, está prevista a construção de centenas de quilômetros de canais artificiais. O primeiro, cujas obras estão aqui fotografadas, é o Eixo Norte e tem 400 km de extensão. Ele levará a água do São Francisco, em Cabrobó, Pernambuco, para os rios Salgado e Jaguaribe, no Ceará; para o rio Apodi, no Rio Grande do Norte; e ao Piranhas-Açu, na Paraíba e no Rio Grande Norte. A captação máxima de água para esse canal será de 99 m3 por segundo, obtida em períodos de cheia.

O segundo canal, o Eixo Leste, com 220 km de extensão, receberá água captada da Barragem de Itaparica, no município de Floresta (PB). A água será encaminhada a uma vazão constante de 10 m3 por segundo (a vazão máxima será de 28 m3 por segundo) para o Rio Paraíba, com desvios para os rios Pajeú e Moxotó, em Pernambuco.

Delfim Martins é o autor das fotos da transposição do Rio São Francisco. Ele nasceu em 1951 em Barcelos, Portugal. Fotógrafo importante, ele participou da fundação da Agência F4 com Juca Martins, seu irmão, Nair Benedicto e Ricardo Malta. Em 1991, fundou com Laura Del Mar e Juca Martins a Pulsar Imagens, um dos mais importantes bancos de imagens do Brasil. Suas fotos fazem parte, entre outros, dos acervos do Museu de Arte de São Paulo – MASP, do Instituto Nacional de Belas Artes, do México, do National Museum of Natural History – Smithsonian Institution, nos Estados Unidos. As belíssimas imagens aqui publicadas são o início de um projeto em conjunto com a Pulsar e a Brasileiros, de documentação das obras de transposição do Rio São Francisco.

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Comentários

Uma resposta para “Transposição do Velho Chico”

  1. este é um belo trabalho do governo, e estes estão de psrabens.
    mas desvindo uma boa parte da água não afetara o Velho Chico?

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