Foi lançado nos Estados Unidos o livro American Hunks, com fotos de símbolos sexuais masculinos dos últimos cento e muitos anos. A revista Out organizou uma pequena mostra. Foi onde eu achei o fortão aí na foto, vestindo só a folha de árvore. Seu nome era Abe Boshes, ninguém menos que o personal trainer do presidente americano Woodrow Wilson, que ocupou a Casa Branca entre 1913 e 1921. Wilson é conhecido, e endeusado, por ter enfiado os Estados Unidos na primeira guerra mundial, e ter criado a Liga das Nações. Era, na verdade, um segregacionista horroso, que só obedecia à própria mulher, Edith, então conhecida como “Sra. Presidente”. Já escrevi aqui sobre o verdadeiro poder dos presidentes americanos, só não atinei para o personal. Obama certamente tem o seu, cujo nome nunca li em lugar algum, e espero que se vista mais adequadamente. Lula, com a cintura nada olímpica que exibe por aí, não deve ter.
Pensei muito num personal trainer para mim, depois do post de ontem. Os comentários ainda estão lá, não apaguei nenhum, mesmo os de que não gostei, mas a fumaça da pancadaria já baixou. Podem reler à vontade. Depois de um post daqueles, hoje optei por algo bem light, seguindo uma linha editorial que denominei “The Usual Suspects”. Adoro quando vocês me levam a sério. Podem bater de mão aberta, corro o risco de viciar. Só quando eu mesmo me levo a sério é que preciso de remédio para dormir, Rivotril, cujo nome Fernandinha Torres usou para apelidar nossa geração. Não vi ainda sua peça, “Deus é Químico“, mas adorei saber que pertenço a uma geração que tem nome de remédio. Enfrentar temas como homofobia, violência, responsabilidade social, cinema sério, cinema idiota, Rio de Janeiro, São Paulo, botar tudo num post inteligível (para vocês…), tudo isso dá um trabalho do cão, e eu nunca sei se vocês estão prestando atenção – ou não. Este é um post de trégua, que estreia a categoria “humor” deste blog.
O uniforme do meu personal trainer será aquela mesma folha seca, coisa bem ecológica, mas o corpinho eu vou selecionar com mais cuidado. Um dos comentaristas do pelotão de ontem disse algo terrível: “você não é nada bem humorado”. Verdade. Me nocauteou. Preciso escrever mais besteiras por aqui.
Abraço do Lourenço.
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