Dirigido por Marcos DeBrito e André Campos Mello, o filme Condado Macabro, exibido no Festival de Cinema Latino- -Americano, em São Paulo, e vencedor de Melhor Longa-Metragem do IX Festival Fantaspoa, de Porto Alegre, estreia nas telas do País e busca se firmar no cenário nacional. O projeto surgiu há mais de dez anos, quando os diretores cursavam o primeiro ano da Faculdade de Cinema na Faap e produziram um curta-metragem de terror homônimo ao novo longa. Depois de 13 anos, Marcos reescreveu o roteiro e convidou André para reeditarem a produção, dessa vez em novo formato e duração. “Quando fizemos o curta, todo mundo adorou. Então, combinamos que faríamos uma reedição do filme depois de uma década. Reescrevi o projeto, mostrei para o André e ele gostou. Entramos juntos nessa”, afirma Marcos.
O filme se passa durante um fim de semana, em uma casa alugada por cinco jovens, que se transforma em palco de uma chacina. Um palhaço suspeito é encontrado ensanguentado na cena do crime e precisa provar sua inocência para o investigador da pequena cidade. Sem evidências para prendê-lo, o policial entra no jogo ardiloso do acusado e averigua sua versão de que assassinos sanguinários possam ter passado pela mansão.
Segundo a dupla de diretores, a ideia do filme foi resgatar aspectos marcantes do cinema de terror norte-americano para mostrar ao público brasileiro. Ícones de famosos filmes do gênero, como O Massacre da Serra Elétrica e Sexta Feira Treze, podem ser identificados durante o desenrolar da trama.
“Quando exibimos o filme na Mostra de Cinema Latino-Americana, recebemos elogios. A sessão ficou lotada, inclusive algumas pessoas ficaram para fora. Depois, participei de um debate e muitos espectadores se lembraram de personagens de outros filmes, o que nos deixou muito feliz”, diz Marcos.
Em busca de realizar uma produção própria, a equipe não inscreveu Condado Macabro em nenhum edital e não correu atrás de patrocínio para tornar a produção independente. Dessa forma, de acordo com os diretores, eles tiveram liberdade na produção do conteúdo. Por outro lado, tiveram de lidar com uma equipe reduzida, com múltiplas tarefas e pouco tempo para filmar.
“Houve uma sobrecarga grande para nós dois. Acabei abraçando a parte da fotografia e da luz, enquanto o Marcos se responsabilizou pela direção dos atores. Preferimos nos dividir; caso contrário, o filme não sairia. Só para ter ideia, o maquiador também fez o áudio direto”, diz André.
Condado Macabro já foi exibido em diversos festivais e alcançou ótima audiência. Portanto, para os apreciadores de produções de terror, o filme é uma ótima opção para sedivertir e suar frio. “Quem quer ver terror e ajudar o cinema nacional, assista ao Condado Macabro”, completa André.
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