Podia-se discordar de Millôr Fernandes. E até atacá-lo, acusá-lo, insultá-lo, tirar-lhe os méritos de que foi mesmo um dos jornalistas mais influentes dos últimos 60 anos. E ele não parava de provocar para que seus detratores se manifestassem nesse sentido. Mas um conselho se fazia necessário aos candidatos: que viessem com argumentos bem consistentes porque pode dar com os burros n’água.
Ao morrer, com 88 anos, nesta semana, Millôr ocupava o posto de um dos intelectuais mais respeitados do País e, de longe, o mais provocador. Tornou-se um caso raro no meio pensante: de uma generosidade sem tamanho, era implacável com o que considerava medíocre, mítico ou farsante. Em 2005, Millôr concedeu uma entrevista ao também jornalista e escritor Gonçalo Junior, que permaneceu inédita até agora. Na edição de abril de Brasileiros, você pode conferir o resultado da conversa entre os dois.
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