Uma mãe precisa de ajuda!

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE

Caríssimos, como já disse a vocês anteontem, todo o sindicato gay mundo afora está eufórico celebrando a saída do armário de Ricky Martin, não me lembro de ninguém que tenha causado tamanha euforia, festas vão homenageá-lo por todo lado, o site Advocate.com trouxe alguns de seus maiores sucessos, visitem e aproveitem!

Enquanto isso, me deparo na Livraria da Folha de São Paulo com o livro Mãe Sempre Sabe?, lamentavelmente um clássico das prateleiras GLS, no qual a autora, a professora universitária Edith Modesto, diz coisas como: “Quando soube que meu filho era gay, senti que aquele não era meu filho…foi como se meu filho tivesse morrido e dado lugar a outro...e o luto é também pelo que temos que matar em nós.”. Eu já venho me deparando com os disparates escritos por esta senhora há muito tempo, muitos adotam suas opiniões como expressão definitiva da verdade, por ser ela professora universitária e ter consignado tais opiniões em livro. Papel aceita qualquer bobagem, cabeça não inteligente também. Quando ela afirma que: “Temos de matar partes nossas para aceitar aquele(a) ‘novo(a)’ filho” eu tenho de concordar, quem pensa assim deve matar muito de si, rapidamente. Mãe que se confunde dessa maneira com o filho, e que só o enxerga pela própria perspectiva, e de forma tão medíocre, é patológica, não vive nos dias de hoje.

Minha mãe é uma pessoa maravilhosa, está fazendo 80 anos, foi educadora por mais de 40, deu aula para milhares de alunos, trabalha até hoje dando um exemplo de vida ímpar. Criou seis filhos, eu sou o caçula, o único gay, minha sexualidade nunca foi nenhum drama para ela. Quando li as palavras da Sra. Modesto ela respondeu indignada: “Mas é só a opção sexual dele, não está se falando do caráter!”, “Mãe quer que o filho seja bom caráter e feliz!” , “É o filho que não deve aceitar uma mãe dessas!” completa. Minha mãe, linda, inteligente, vivida, bem lida e bem formada, é a prova viva de que a Sra. Modesto não escreve verdades absolutas, dá apenas uma triste prova de sua própria mediocridade, e precisa, sim, de ajuda. Não será difícil encontrar.


Comentários

25 respostas para “Uma mãe precisa de ajuda!”

  1. A intolerância e a incompreensão só vão acabar quando as pessoas aprenderem a enxergar que a diversidade é uma força incontrolável e não se pode negá-la, pois está enraizada na existência humana.
    Enquanto enxergarmos o ser humano com superficialidade, tomando como emprestado padrões e estereótipos (ditados por doutrinas religiosas, culturais, etc) quem nem sequer somos capazes de questioná-los, estaremos perdendo a oportunidade de termos uma vida mais rica existencilamente, estaremos na medíocridade que o preconceito impõe.

    1. mateus, a diversidade é uma realidade, é só olhar à sua volta e verás. O problema é que as pessoas querem que o mundo seja como elas querem, como elas desejam que seja. Da mesma maneira, querem que os outros sejam como elas querem, como é o caso das mães tipo Sra. Modesto, que acham que os filhos deveriam viver de forma a satisfaze-las, como se não tivessem identidade e planos de vida próprios. Esse é um conceito pobre de vida, uma visão tacanha, que me incomoda profundamente. Infelizmente, a humanidade ainda tem muito o que evoluir, mas não deixe, você, de viver de forma mais elevada e rica, e não caia nas armadilhas que os outros colocam no nosso caminho, como é o caso dessa mãe, que realmente precisa de ajuda.
      Ser feliz é fácil, basta sermos nós mesmos.
      Abração do Lourenço

  2. Lourenço, lendo o desenrolar do debate, só tenho a te parabenizar como um privilegiado, pela sua clareza e coragem com que aborda este tema, e pela total lucidez e sanidade mental da sua mãe.

    Infelizmente vivemos em um mundo em que as pessoas se acham no direito de decidir pela felicidade alheia, neste caso, da mãe pelo filho. O filho tem sim, responsabilidade pelo sentimento das pessoas que ama e que o amam, inclui-e aqui a mãe.
    “Você é responsável por aquilo que cativa”. Como no pensamento do livro Pequeno Príncipe, temos sim este dever moral, ético e humanista, mas no que tange ao que se pode escolher. Podemos escolher entre o bem e o mal, entre a mediocridade e a grandeza, entre a tolerância e a perseguição. Mas ninguém pode se sentir no direito de decidir pela nossa felicidade quanto aquilo que faz parte de nossa natureza. E sua mãe, sabiamente pensa assim.

    As pessoas, inclusive as mães, devem sofrer e se indignar mais com a insensibilidade, com a miséria, com as injustiças, com quem fura fila, com que joga lixo no chão, com quem se acha no direito de ser infeliz pelos outros, por achar que os outros são seus projetos próprios, que devem ser o que almejou, egoistamente.

    Esta senhora Modesto é uma pessoa retrógrada, que me preocupa, justamente pelo fato de ser do meio acadêmico, meio que deveria ser propagador do raciocíno lúcido e elevado, e não de experiências medíocres, de quem ainda não conseguiu se libertar da obsessão de tomar para si a vida dos outos, mesmo que seja do próprio filho.

  3. Avatar de Marieta Argolo Almeida de Malta
    Marieta Argolo Almeida de Malta

    Como essa mãe acima teve coragem de escrever, eu resolvi também faze-lo. Deixo bem claro que não espero a publicação desse, mas quero que saiba que como mãe, eu concordo com a srª Edith Modesto.
    Vou lhe fazer uma pergunta Laurenço, curta e grossa, e esta serve para todos os homossexuais: você sabe a dor que uma mãe sente ao saber que seu filhos é gay? Você imagina? tem uma leve noção?
    Tenho absoluta certeza que não! Sabe porque? Porque querem que aceitemos esse comportamento… digamos extranho, como algo normal. Agora imagine aí, uma mulher passando por “essa dor” e ainda tendo ao lado um marido “homofóbico crônico”, me diga? Como se resolver? já que você sempre deixa a entender em seu blog, que o homossexualismo é um ato normal, como se beber um copo d’agua? Mas te afirmo! Não é não! Não é mesmo… a gente olha e não vê à sua frente, aquele filho sonhado e esperado durante nove longos meses de um “gostoso sofrimento”.
    Para não alongar muito à história, fiquei com filho, mas perdi o marido. E hoje muito me arrependo, pois é um filho muito agressivo, que não me respeita.
    Outra coisa. Vocês gays passam uma imagem de que todos são pessoas educadas, inofensivas etc., mas não é bem assim não!

    Um abraço!

  4. Avatar de Marieta Argolo Almeida de Malta
    Marieta Argolo Almeida de Malta

    Como essa mãe acima teve coragem de escrever, eu resolvi também faze-lo. Deixo bem claro que não espero a publicação desse, mas quero que saiba que como mãe, eu concordo com a srª Edith Modesto.
    Vou lhe fazer uma pergunta Laurenço, curta e grossa, e esta serve para todos os homossexuais: você sabe a dor que uma mãe sente ao saber que seu filhos é gay? Você imagina? tem uma leve noção?
    Tenho absoluta certeza que não! Sabe porque? Porque querem que aceitemos esse comportamento… digamos extranho, como algo normal. Agora imagine aí, uma mulher passando por “essa dor” e ainda tendo ao lado um marido “homofóbico crônico”, me diga? Como se resolver? já que você sempre deixa a entender em seu blog, que o homossexualismo é um ato normal, como se beber um copo d’agua? Mas te afirmo! Não é não! Não é mesmo… a gente olha e não vê à sua frente, aquele filho sonhado e esperado durante nove longos meses de um “gostoso sofrimento”.
    Para não alongar muito à história, fiquei com filho, mas perdi o marido. E hoje muito me arrependo, pois é um filho muito agressivo, que não me respeita.
    Outra coisa. Vocês gays passam uma imagem de que todos são pessoas educadas, inofensivas etc., mas não é bem assim não!

    Um abraço!

    1. Sra. Marieta Argolo,
      Lógico que publique seu comentário, este spaço está sempre aberto a opiniões diferentes da minha.
      Respondo-te: Permita-me, mas a generalização “as mães” é imperfeita. Minha mãe, por exemplo, e também as mães de pelo menos cinco amigos que me vêm rápidamente à memória, não sofreram dessa maneira, pois têm clara noção de que os filhos não lhes pertencem, eles têm suas vidas, e não estão obrigados a seguir aquilo que suas mães lhes desejam ou obrigam.

      Como eu mesmo disse em meu post, se a mãe sofre com a sexualidade do filho, deve cuidar de sí, não do filho. Cada um cuida de sí, mesmo em uma família.

      Se leres meus posts, verás que eu mesmo critico imensamente a conduta de muitos homossexuais, alerto para aqueles de conduta perigosa, e isso por saber que somos iguais aos héterossexuais no que tange à humanidade. Seres humanos são bons e ruins, honestos e desonestos, feios e bonitos, inteligentes e limitados, e não é a sexualidade que os forma assim ou assado.

      Em fim, como somos todos nós filhos de Deus, devemos todos seguir o sagrado ditame de “Amar ao próximo como a sí mesmo”.

      Sra. Marieta, tente fazê-lo. Serás capaz.

      Att.

      Lourenço Cavalcanti

  5. Avatar de Solange de Oliveira Bocaiuva
    Solange de Oliveira Bocaiuva

    Desculpa eu discordar de você Laurenço! As coisa não é assim tão fácil como você diz. Em parte, Edith Modesto tem razão. Quando meu filho revelou que era gay, o mundo acabou para mim… Me senti envergonhada, chorei muito, passai dias sem comer e sem dormir, pensei até em me matar, foi terrível! E meu medo, era quando o pai soubesse… machista como ele só, o que ia ser de mim? Não deu outra. Quando o pai soube, o expulsou de casa só com a roupa do corpo, e avisou para eu não intervir, pois depois dessa vergonha que ele passou, tanto fazia eu ficar ou ir com meu filho. Eu não disse nada, pois na verdade, eu também não aceitava e não aceito ter um filho gay. Eu não consegui amar aquele “filho diferente”, digam o que quiserem de mim aí, mas não me passava pela cabeça ter um filho que tem “um namorado”… Não é justo uma mãe sofrer assim… Desculpa! Sei que você nem vai publicar esse meu desabafo… mas digo a verdade e o que sinto. Para vocês homossexuais, pode até ser fácil à aceitação, mas não é uma coisa normal, natural… e desculpa! Nunca vai ser… Hoje eu nem sei onde meu filho anda e para ser sincera, não me preocupo com isso, se ele não pensou na vergonha que nos deu, porque vou me preocupar com a situação dele…?

    Abraços!!!

    1. Minha cara, primeiro quero que saibas que respeito totalmente a opinião contrária, abro sempre o epaço a ela, mas descrevo minha visão como a entendo. O livro de Edith Modesto descreve a visão dela, da vida dela, e não acho que nenhum filho, conquanto sempre obrigado a honrar pai e mãe, deva guiar-se pela visão e pela vida dos outros, sequer os de sua mãe. Edith descreve o drama dela, as visões que ela mesma trouxe do próprio passado e criou para si. Um homossexual já tem uma imensa carga a tratar aceitando-se e compreendendo-se, cuidar dos outros é uma enormidade que só aos outros cabe, ninguém muda, transforma, ou modifica o outro, quando muito a si mesmo.
      Penso que o livro de Edith acaba por trazer para os ombros dos filhos a vida das mães, quando sequer o inverso, os filhos jogarem e atribuírem ás mães suas próprias vidas, é possível, factível, ou correto. Aceitar-nos como somos é a maior parte das vezes um suplício nem por todos superado, estejas certa disso, assim foi comigo, e tive o presente de ter uma mãe cuja compreensão de vida ajudou-me enormemente. Sou o sétimo filho, já perdemos dois de nós em situações traumáticas, e ela foi sólida, clara, e serena quando disse que importava-lhe somente a felicidade de seu filho – que eu, como fiz, conseguisse superar a dificuldade de saber-me quem e como sou, e ser feliz.
      Fico triste por ver como se passou sua vida, a separação de seu filho, lamento imensamente que tenha sido desta forma traumática e dolorosa para ambos. Tenho por ti toda a compaixão, mas só posso recomendar-lhe que busque seu filho, reate os nós que tens com ele, pois são imortais. A sexualidade dele não pode ser um drama a destruir uma família, não precisa ser, aceite minha humilde opinião.
      Todos os dias, ao acordar, rezo a Deus que perdoe a mim, tal como perdôo a todos aqueles que me têm ofendido, e nisso entrego a Deus meus atos e meus sentimentos. Peço a ele compreensão, auxilio em meu julgamento, e, sempre, compaixão. Não existe, em toda a Bíblia, nenhuma passagem em que se justifique ou aceite-se a quebra do vínculo de mãe com filho, ou de filho com mãe. Há aí um nó a ser desatado, e o será, trazendo amor e luz de volta à sua casa.
      Não permita que um aspecto da personalidade de teu filho, que eu te dou certeza de que ele não escolheu para sí, nós nascemos assim, traumatize-te tanto. Busque a ele, Deus há de facilitar teu encontro, mãe e filho não podem se separar dessa forma, a este mundo vieram para estar juntos. Indagas se teu filho não pensou na vergonha que te deu, penses na dor que lhe causastes. Ele nunca pediu para ser gay, certamente muito sofreu com isso, e certamente ainda poderá encontrar, em tí, o amor mais sincero e incondicional existente, aquele de uma mãe por seu filho. Não tenhas vergonha dele, ame-o incondicionalmente, e terás dele o mesmo amor em retorno, e lembre-se sempre de que o amor é a essência de Deus.
      Não te acanhes em trazer a este espaço teus pensamentos, não precisas sequer expor seu nome, posso excluílo se preferires, mas permita-me ajuda-la, e a seu filho. Atar os nós de uma família, unir seres que se amam mas que o destino ou a vida separou é uma bênção, que Deus meu ajude a ajuda-la. Tua felicidade pode voltar pela porta de tua casa, peça por isso e terás.
      Fique com Deus e minha sincera amizade.
      Lourenço Cavalcanti

  6. Prezado Alfredo, agradeço seu comentário, e me permito dizer-lhe que escrevi o que escrevi exatamente por achar que as idéias que o livro do Sra. Modesto ainda divulga estão defasadas no tempo e são muito agressivas para conosco. Homossexualidade não precisa ser esse drama de que ela fala, e os filhos não precisam carregar os dramas de suas mães. Dissestes bem, o mundo mudou, temos internet, a mídia fala abertamente sobre Homossexualidade, em meu post de hoje (segunda feira dia 5) falei exatamente de como as instituições não são abaladas pelo casamento homossexual, assim demonstram vários exemplos do mundo inteiro.
    Portanto, o livro da Sra. Modesto serve como uma âncora que prende nossa cultura num passado já bastante distante, não mais aceitável. Dizer que a mãe morre ao saber da homossexualidade do filho, e que os gays passam por um luto quando se aceitam, é falar em absoluta dissonância com a realidade em que vivemos. Deve-se hoje em dia exatamente mostrar o contrário, que não precisa ser assim, não é assim. Já imaginastes um livro que defenda as posições aceitas pela sociedade no início do século, quando as mulheres não podiam votar, e eram subjugadas ao arbítrio dos maridos? Pois é exatamente isso que ocorre com esse livro.
    O ex-Secretário de Estado norte americano Collin Powel, reconheceu que a política de discriminação dos homossexuais no exército americano não deveria mais ser adotada pois, na visão dele, o mundo mudou muito nos últimos anos, ele reconhece isso.
    É muito duro continuar a ouvir gente que adota posições tão duras e injustas, que só agravam questões pessoais de todos os homossexuais.
    O livro da Sra. Modesto não acompanha nossa sociedade e cultura, ele é retrógrado e agrava o sofrimento de muitos e muitos homossexuais Brasil afora.
    Lamento que ainda seja publicado.
    Venha sempre ao meu blog, sois bem vindo, agradeço sempre por todos os comentários.
    Abraço do Lourenço.

  7. Avatar de alfredo sternheim
    alfredo sternheim

    Lourenço, eu seria mais cauteloso antes de atacar a sra. Modesto. Tem que ver em que contexto ela escreveu isso.A minha mãe dizia que preferia ter um filho morto do que gay. Ela se referia ao filho da vizinha, ainda não sabia da minha condição. ALiás, nem eu me aceitava. Isso era fins da da década de 1950 e início dos anos 60. Depois do processo de minha autoaceitação (me sentia humilhado, sujo, pensei em suicidio), a dela foi bem + dificil. Mas ela vinha de uma formação conservadora judaíca no Marrocos espanhol e eu também frequentava a sinagoga. Aqueles tempos eram outros, se alguém soubesse você apanhava. E mesmo depois de transar, o cara tentava se justificar batendo. Acredito que a sra. Modesto escreveu isso há décadas, quando havia barreiras para discutir questões sexuais, quando os preconceitos tinham mais peso. Hoje, ficou mais fácil, tem até coluna na internet. Tem até internet, algo que a gente só via em livro de ficção científica. Claro, o livro ficou desatualizado, reeditá-lo é uma bobagem. Mas entendo a reação dela, afinal toda a mãe quer uma vida certinha para o filho e a filha. E a homossexualidade leva para caminhos que sempre foram fáceis. Principalmente por causa das religiões que, em sua maioria, tem dogmas repressivos. Por isso,não sigo nenhuma. Mas, se você fala em paz e páscoa, seja tolerante com a sra. Modesto, dê um desconto, veja até que ponto essa afirmação absurda se situa no todo do livro que eu não li. Abraços

  8. Entendi, Lourenço, cada um – mãe, pai, filho, irmão – que carregue seu sofrimento e se reponsabilize por suas atitudes. Por escolha ou instinto, acredito que ninguém deixa de ser filho ou se torna outra pessoa ao se declarar gay.
    Abração e obrigado pelo comentário no Literatura Cotidiana!

  9. Ao ler argumentos como o da Sra. Modesto começo a pensar que as pessoas não sabem o que caráter. Eu teria vergonha de tal mãe.

  10. Cabelo meu querido, não sei até que ponto a sexualidade é escolha. Para mim não foi, foi aceitação, era, e é, instintivo. Mas isso é uma outra questão. O que me revoltou neste livro foi a dramatização extrema e generalizada dos sentimentos da própria mãe. Me deu a impressão de que ela estava debitando ao filho a conta do sofrimento dela, e passou pelo livro a idéia de que ter um filho homossexual é uma tragédia. Não é. Dei o exemplo de minha mãe, pessoa maravilhosa, transcrevi as palavras dela, e sei que várias mães são como ela. Por que então essa obra acadêmica narrando um calvário pessoal como verdade suprema? Como disse muito bem minha mãe, o importante para uma mãe é que seu filho seja feliz e bom caráter. Se eu tivesse de carregar nos ombros o peso do sofrimento de minha mãe, que graças a Deus não occoreu, teria sido péssimo. Benza Deus que eu tive uma mãe dessas.
    Obrigado pelo comentário!
    Abraço carinhoso do Cavalcanti.

  11. Acredito que seja difícil para os pais assim como é para o(a) filho(a) gay. No entanto, a relação de carinho, o afeto não deve mudar, não é outro filho que surge de repente.
    Há dois dias mesmo, discuti com um amigo que descobriu que o irmão mais novo dele é gay. Os pais são evangélicos fervorosos e não sabem ainda. E o caçula começou por se revelar aos irmãos – até aqui mais liberais. E infelizmente meu amigo o ridicularizou algumas vezes após tal fato. É impressionante o quanto as pessoas são preconceituosas quando a situação é mais próxima ecomalguém a quem se tem uma relação íntima de carinho.
    Acho que nenhuma mãe cria um filho pensando que ele possa ser gay, ao menos nas famílias de casais que se dizem heteros. Penso que devemos criar os nossos filhos da melhor maneira possível para que se tornem pessoas honestas e de bom caráter. A orientação sexual que vão adotar faz parte das escolhas que farão ao longo da vida.
    Já fiz um texto que esbarra nessa questão em http://literaturacotidiana.com.br/?p=2208
    abraço

  12. Anton, ame sua mãe como ela é, dê a ela todo carinho. Obrigado pelo seu comentário e boa páscoa!

    Lourenço

  13. Fhernando – com “h”

    Meu caro, obrigado pelos elogios, e parabéns a você e sua mãe. Dê um beijo nela por mim.
    Boa páscoa,

    Lourenço

  14. Fernando, concordo com você, mas acho que a Sra. Modesto generaliza muito, ela descreve como certo, por exemplo, um processo que minha mão, e as mães de muitos amigos meus, gays, não passaram. Se não é fácil aceitar-se como gay, para os pais também não deve ser, mas aquilo que ela descreveu – e escreveu não é regra absoluta.
    Infelizmente, a experiência dessa senhora é utilizada como argumento contra os gays, como que culpando-os pelo sofrimento de suas mães (e os pais?). Quando fala de luto ela fala dela, deveria libertar seu filho disso.
    Como disse no título, ela precisa de ajuda, ou precisou, e certamente pode achar, os tempos mudaram, e muito, as coisas não são mais assim.
    Obrigado pelo seu comentário!

  15. Lourenço, boa tarde.
    Eu não sou pai, e sou hetero, mas imagino q deva ser muito dificil uma situação dessas pra qqr pai/mãe.
    Cada um lida com isso a sua própria maneira e isso, pode ser abusivo pra vc, mas pra outra pessoa, talvez não.
    Sua mãe te acolheu bem, mas conheço casais q sofreram com o filho assumindo ser gay e sofreram muito!
    Desculpe, mas é uma situação complicada e cada um reage do seu jeito, nem sempre é a mais fácil pra um ou pra outro.
    Aliás, acho q nunca é fácil, o pai ou a mãe pode externar ser fácil, mas creio q no intimo, deva rolar uma batalha dificil.

    []’ss

  16. Avatar de fhernando
    fhernando

    ola meu queridissimo issimo issmo lourenço, adorei esse poste de hoje, minha mãe chorou quando eu conte de minha condição, ela não entendia pensava que era opção, mas hoje ela esta mais interada como o movimento gay mostrei a ela e meu pai que não vim ao mundo há passeio..hoje ela aceita com mais naturalidade e ate conheceu uma ex namorado meu na epoca em que eu namorava…ela morre de preocupação com migo pois ela tem meedo de um dia eu virara um gay zarro, micho quesai comum e outro e que o povo falem de mim .. mas quanto a lingua do povo ja estou acostumadoo…
    beijoss adoro seu blogo ha minha mãe tbm acompanha comigo..

  17. Lourenço: sugiram urgentemente a esta senhora Modesto que procure tratamento. E tua mãe tem razão: uma mãe dessas, qualquer um deveria leiloar.

  18. Avatar de pedro anton
    pedro anton

    Que texto lindo!!! Gostaria muito que minha mãe fosse que nem a sua, mais mãe, a gente só tem uma e eu a amo muito, mesmo ela fingindo que não sabe de mim. quanto a sra modesto eu fico triste de saber que ainda existe muitas mães que pensam como ela.Fazer o que a vida continua. abraçus pedro anton

  19. Você e sua mãe têm toda razão.

    Acho que não deve ser fácil a ficha cair: de repente, a realidade do seu filho é outra. Mas pelamordedeus, ainda é seu filho. Amor aceita de mãe tudo. 🙂

    Beijocas

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