Uma ode ao Corinthians

O corintiano tem fama de ser sofredor, e realmente é em muitos momentos. Mas o que diferencia o time do Parque São Jorge dos outros é a fidelidade plena de seus torcedores fanáticos. Pudera. O Corinthians não ganhou um único título em 23 anos e, mesmo assim, sua torcida permaneceu incentivadora e guerreira, e o time ainda angariou muitos outros torcedores. Essa paixão e fidelidade são retratadas no mais recente filme sobre o Timão, 23 anos em 7 segundos – O fim do jejum corinthiano.
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O documentário tem início com o gol de Basílio, em 13 de outubro de 1977, que livrou o Corinthians da fila de espera que tanto atormentava o time e seus fiéis torcedores. São sete segundos em que a bola insistia em não entrar.

Foi mais ou menos assim: “Zé Maria bate uma falta pela direita. A bola percorre toda a pequena área e vai parar no pé de Vaguinho, que, de bico, chuta a bola no travessão do goleiro Carlos. Na volta, ela quica no chão e sobe para Wladimir cabecear. Em cima da linha, Oscar, também de cabeça, salva. Mas no rebote, a bola sobra para o pé direito de Basílio. O meia, com toda a força, faz então o esperado gol”. Pronto, o Corinthians era campeão paulista em cima da Ponte Preta nos minutos finais da terceira partida que decidiu o título.

Daí, o filme retorna para o último campeonato que o Corinthians ganhou, em 1954. O longa mostra as mandingas que dirigentes do clube e torcedores fizeram ao longo desses anos, como se o time fosse uma religião. Fatos divertidos e curiosos como a história do sapo desenterrado no Parque São Jorge e ainda o sacrifício de um bode no Morumbi são destaques.

O documentário conta com depoimentos de ex-jogadores, inclusive de Basílio, Wladimir e Vaguinho, além de Neto, Sócrates, entre outros corintianos; e Ruy Rey, ex-atacante da Ponte Preta. Das personalidades corintianas, participaram do documentário os jornalistas Juca Kfouri e Celso Unzelte, Marlene Matheus, a jogadora de basquete Hortência, o presidente do clube, Andrés Sanches, Dudu Braga, filho de Roberto Carlos, o publicitário Washington Olivetto, o rapper Rappin Hood, o cantor Toquinho, Sabrina Sato, entre outros tantos.

A presença de um dos corintianos mais simbólicos do País, o prsidente Lula, foi sentida. “Mandamos o DVD para ele e soubemos que ele ficou muito bravo que o depoimento dele não apareceu, mas ficará para o filme do centenário”, garante Dílson Santos, vice-presidente da Fox Home Entertainment para a América Latina. A Fox anunciou que irá lançar mais três filmes sobre a saga corintiana.

O documentário 23 anos em 7 segundos – O fim do jejum corinthiano tem previsão de estrear nos cinemas em 26 de junho. É um filme de corintiano para corintiano, mas vale a pena para as torcidas rivais conhecerem uma parte da história de nosso futebol. Aos torcedores fiéis, só resta a emoção e o orgulho de ser corintiano, mesmo que maloqueiro e sofredor.

Veja o trailer do documentário:



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