Meus caros, “Uma praia chamada.., perto de…” é o destino de 7.12 % (sete ponto doze por cento) dos meus amigos, indagados sobre o destino de final de ano. As praias são todas maravilhosas, paradisíacas, e se situam dos arredores da Ilha de Florianópolis até Lençóis Maranhenses, com grande concentração no Sul da Bahia, em um raio de mais ou menos 100 quilômetros de Porto Seguro. Imagino que quase todos vocês também estejam incluídos nesta pesquisa, quase científica, sobre o réveillon, tema de 10 em cada 10 das conversas de que participei nos últimos dias, entre Rio e São Paulo. Eu estou dentro dos 2.88% (dois ponto oitenta e oito por cento) que não vão para essas praias, passarei com Papai e Mamãe em Petrópolis, minha Nobre Terra Natal.
Curiosamente, mesmo não havendo um assento vago em qualquer avião entre o Brasil e Londres, Paris ou Nova York, aqueles que confessam que vão para o exterior recebem olhares desidratantes, no estilo “Para passar frio?”, mesmo que as finas partam para sua estação de esqui preferida no dia 2 de janeiro, ou invadam Nova York na semana seguinte. Chique mesmo é a famosa praia. Nem todas as bibas estão dispostas a afiar seus cartões de crédito no circuito Elizabeth Arden neste réveillon – veremos o carnaval.
Dois destinos são mortais quando confessados para qualquer plateia: Miami e “Um Cruzeiro no navio…”. Se você vai, bico calado. É morte social certa! Não tenho nada contra as sacoleiras de Miami, faria até encomendas, e acho que uma cabine de navio pode ser uma alternativa maravilhosa para um casal (bem) apaixonado, mas nada mais out neste início de verão.
Querem saber a verdade? Gays adoram comer mortadela e arrotar crustáceos da Normandia. Se o dólar baixou, e muita gente está podendo, viajar para o exterior virou coisa de “gentinha”, não é chique, e as bibas, que nasceram usando fraldas Armani, ficam todas se achando. Por que razão os gays têm de se achar superiores ao resto da humanidade? Insegurança? Tudo o que eu queria era me meter em um pacotão farofeiro para Foz do Iguaçu, cujo guia turístico, desde que tenha barriguinha no lugar, durma agarradinho comigo. E as finas que tomem cuidado para não morrer de overdose de Sundown.
Abraços do Cavalcanti.
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