Uma vida que vale um filme

O BEM AGRADECIDO
João Carlos faz questão de nomear quem torna seu trabalho possível
Quando era concertista ele não precisava de patrocinador. Há cinco anos, quando fundou a sua primeira orquestra, as coisas mudaram. “O primeiro patrocínio que eu tive foi de Antônio Ermírio de Moraes”, diz ele que, assim como chama todos os músicos de suas orquestras pelo nome, também faz questão de nomear aqueles que tornam tudo isso possível. Depois da Votorantim, do Antônio Ermírio, vieram Nokia, Gerdau, Telefônica, Bradesco, Voith, CSN, Oi, HSBC, Suzano, Arcelor-Mittal e Sesi. .

A EVOLUÇÃO DA MÚSICA
João Carlos Martins defende novas formas de apresentar concertos
“Na minha palestra no Carnegie Hall, no dia 24 de setembro deste ano, eu vou falar de um concerto que de vez em quando tem imagens visuais, essa é a coisa mais importante da música. Maravilha! Há pouco tempo houve um concerto nos Estados Unidos sobre o maior fotógrafo norte-americano no qual as principais fotos dele foram mostradas, isso faz parte da evolução que tem que ter na música.”

A BATUTA
Vai ser maestro na vida, disse Eleazar
A batuta que sempre acompanha João Carlos Martins em seus concertos – e com a qual posou para a nossa capa – é o seu talismã. Ela pertenceu ao maestro Eleazar de Carvalho que foi, segundo o próprio João Carlos, quem deu a ideia do que ele deveria fazer depois de ficar impedido de tocar piano:

“Um dia, eu sonhei com Eleazar de Carvalho, grande maestro e grande amigo, que me sugeriu no sonho: João, vai ser maestro na vida. Maestro? Grande ideia! Aos 63 anos, entrei na escola de regência. Seis meses depois já estava nadando de braçada.”

A CARTA DE BRUBECK
Amigo de João Carlos Martins há quarenta anos, Dave Brubeck escreveu a Clint Eastwood sugerindo produzir um filme sobre o grande pianista brasileiro

A SAGA DAS MÃOS
Vida de João Carlos Martins será filme de Hollywood
Muitas pessoas dizem “minha vida dá um filme”. A de João Carlos dá, sem dúvida. O curioso é que nenhum produtor ou cineasta brasileiro tenha se interessado por ela até agora.

Já foi realizado um documentário alemão, mas nunca um filme de ficção. Embora Hollywood jamais tenha produzido filme sobre um pianista vivo, ainda mais não-americano, um dos mais importantes músicos americanos de todos os tempos, o lendário Dave Brubeck acha que a vida de João Carlos Martins merece Hollywood e vice-versa. Ele, que está com 89 anos e vai se apresentar no fim do ano ao lado de João Carlos na Sala São Paulo, escreveu uma carta, em 14 de outubro de 2008, a um amigo, o ator e diretor Clint Eastwood, recomendando a transformação em filme da biografia A Saga das Mãos.

Dave, que é amigo de João Carlos há 40 anos, apresenta-o como “o maior pianista brasileiro, que no auge da carreira foi considerado comparável a Glenn Gould por suas ímpares interpretações de Bach”. Define ainda João Carlos como “uma personalidade maior-que-a-vida”, cuja trajetória humana e musical tem todos os ingredientes de um bom drama cinematográfico. Não se sabe se Clint vai aceitar a empreitada, mas há outros dois ou três diretores cogitados, todos do primeiro time. Com seu inabalável e saudável otimismo, João Carlos garante: “O filme vai sair!”

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