Queridos, o ator norte-americano Ashton Kutcher, casado com a musa Demi Moore, chegou ontem ao Brasil, onde vai desfilar para a Colcci no São Paulo Fashion Week, e indagou ao embarcar: “O Brasil está pronto para mim?”. Chego a rir da pergunta, não sei que dúvida possível o homem pode ter, ou a que ponto estende seu humor. Ele é um dos maiores campeões mundiais no Twitter, acho que não existe adolescente nesse mundo que já não tenha se derretido (se é que me entendem) com uma foto dele sem camisa, e, em um primeiro momento, só consigo lembrar dele fazendo gato e sapato de Kevin Costner em The Guardian, filme de 2006. Quando se casou com a ex-senhora Bruce Willis, ninguém acreditou que aquele menino, vários anos mais novo que os dois, seria algo mais do que uma brincadeira de dois ou três dias, mas ele acabou tornando a relação um casamento sério mesmo, dizem as (boas e más) línguas, e confirmam os paparazzi, que todos formam uma família feliz. Já dura seis anos, ninguém pode contestar muito.
Pois é com esse histórico todo, lindo como um deus, e um corpinho de arrasar, que desembarcou ontem em São Paulo, tendo lançado a provocação antes de embarcar. Lógico que o Brasil está preparado para ele, e ele que não brinque, pode ser tragado pela mídia brasileira sem muita demora, o que seria um risco, não tivesse ele o preparo de tanto anos exposto à mídia brutal do show business mundial. Quanto às fãs brasileiras, não sei se terão muitas chances de vê-lo um minuto sequer, a não ser que tenham uma das disputadérrimas credenciais para o desfile da Colcci, onde será par para ninguém menos que Gisele Bündchen. Quanto ganharão os dois para desfilar? As quantias certamente são confidenciais, nos parecerão obscenas, mas rendem mídia suficiente para a marca, senão lá não estariam os dois.
Inacreditável, realmente, é ver um par desses na passarela, por mais crédito que saibamos ter o SPFW no circuito mundial. Estaremos nós preparados para tanto? A resposta é simples: estamos. Em termos de valores, cachês, honorários, chamem como for, o Brasil está preparado para tanto, atingimos esse padrão. Com o que cada um dos dois ganhará, pode-se fazer um filme nacional, de bom padrão. Mas é impossível firmar uma escala de valores onde se insiram números desses, pode-se, apenas, verificar o espaço de mídia que garantirão à marca, para o deleite de todos os seus fãs mundo afora, e não apenas os adolescentes, eu mesmo já estou fixado na net atrás das imagens. Farei bom uso. Abraços do Cavalcanti.
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