Uma pesquisa divulgada na terça-feira (14) pelo Ibope em parceria com o Instituto Avon mostrou um dado alarmante no Brasil. A mulher brasileira teme mais ser agredida pelo companheiro, filhos ou netos do que contrair o vírus da Aids ou ter câncer. Com o título Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil, a pesquisa ouviu cerca de 2 mil pessoas em todas as regiões do País, entre os dias 13 e 17 de fevereiro. “Doença a gente previne e, em muitos casos, consegue a cura, mas agressão foge do controle”, disse Josenilda dos Santos, de 37 anos, vítima da fúria do ex-marido, na reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
O comentário de Josenilda resume o sentimento das mulheres que participaram do questionamento. Na mesma reportagem, a promotora de Justiça e professora de Direito Penal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Eliana Vendramini, disse que a preocupação da mulher com a violência doméstica dói mais do que doença física porque é um ato repentino e manifesta-se de várias maneiras. Segundo Vendramini, na doença a mulher pode ter paz, o que não tem quando é vítima de agressão.
Realmente, alarmante e preocupante a pesquisa. Mas, a solução todos sabem: a mulher precisa denunciar a agressão à polícia. Somente assim, o agressor será punido e o problema poderá ser solucionado ou, ao menos, minimizado.
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