“Ponte dos Espiões, de Steven Spielberg, é um filme com Tom Hanks no papel de um advogado que precisa resgatar um piloto americano preso em Berlim Oriental em troca de um prisioneiro soviético. O advogado se arrisca, enfrenta a Justiça dos EUA, põe a vida de sua família em risco, encara 30 graus abaixo de zero, é assaltado, traspassa o Muro de Berlim, é preso, passa o diabo, mas não desiste. Ao pensar nele, vejo refletida a imagem de milhões de brasileiros que enfrentam outros tantos muros, pisam em terreno minado por inflação, pobreza, medo, violência, roubalheira de políticos, falta de mobilidade urbana, entre outras agruras do cotidiano. Mas continuam exercendo a profissão de fé e acreditam que dias melhores virão. Um dos bons momentos de diálogo do filme é quando Hanks, diante do réu, pergunta : ‘Você não está preocupado em ser condenado?’, ao que o russo responde: ‘Would it help, standing man?’ (e de que adiantaria, homem persistente?). Aí, o prisioneiro conta a Hanks a história do homem persistente, que, ao ser pego por inimigos na guerra, apanhava, caía e se levantava, ao menos 20 vezes seguidas, até ser solto por sua bravura e persistência. Eu acredito no Brasil porque, do fundo do meu coração, amo cada um desses brasileiros cheios de bravura. Porque no coração e mente de cada um deles reside um ‘standing man’. ”
Lucia Paes de Barros, empresária de comunicação, São Paulo, SP
“ O Brasil é um país jovem, ainda, tem muito o que aprender e melhorar. Essa mudança não está nas mãos apenas de uma pessoa, mas nas de todos nós. Estamos em processo de desenvolvimento, o que não pode ser feito de um dia para o outro. Precisamos ajudar nessa evolução, começando com a reavaliação do nosso patriotismo e civilidade entre os cidadãos. Mas acredito no Brasil porque é um lugar onde a maioria da população luta e vive por um país melhor.”
Beatriz Triano, supervisora de restaurante em Londres, Inglaterra
“ Primeiro pensei: difícil acreditar num País em que o presidente da Câmara dos Deputados é acusado de tantos crimes e se mantém firme, quase cimentado, livre para tornar a violência contra mulheres e indígenas cada vez mais legítima. Então me lembrei da força da brasileira, muitas vezes mãe solteira, para criar seus filhos, para mover essa economia, com criatividade, com dignidade. Lembrei-me da Amazônia, um legado dos indígenas brasileiros para o planeta, cada vez mais fundamental para a nossa preservação. Então, sim, eu acredito no Brasil. Por eles. E por elas.”
Mariana Garcia, editora web, São Paulo, SP
“ Acredito no Brasil porque, se eu desistir, não tenho para onde ir. Minha terra é aqui, aqui trabalho, vivo, namoro, tenho amigos e passo por dificuldades também. Mas não quero deixar minha terra. Quero pensar que vai dar certo.”
Patrícia Vilela, artesã, Diadema, SP
Deixe um comentário