Você acredita no Brasil?

“Sim, eu acredito no Brasil, porque acredito em mim. Eu sou o Brasil, você é o Brasil, nós somos o Brasil. Eu mudei, melhorei e lutei para que o Brasil, hoje, fosse melhor do que era. Vou lutar para que fique melhor do que está. Não transfiro minhas responsabilidades para políticos, empresários ou qualquer tipo de detentor do poder. Concordo que eles atrapalham e, por mais de 500 anos, fazem o que podem para satisfazer seus próprios interesses. Mas qual é o seu Brasil? Quem é esse Brasil que te persegue? É o Brasil dos conformistas, que acham que brasileiro é assim mesmo, que político é assim mesmo, que empresário é assim mesmo? O meu Brasil eu estou fazendo dia a dia. Cunhando a ferro e fogo, suor e lágrimas. Sim, meus amigos, eu acredito no Brasil, porque eu sou o Brasil.”
Clemente Nascimento, vocalista e guitarrista das bandas Inocentes, Plebe Rude e apresentador do showlivre.com, São Paulo (SP)

“Acredito no Brasil, mas confesso que me frustro por pertencer a um país que adora empregar o gerúndio. Estamos “melhorando”, “caminhando” na direção correta e, com mais de 500 anos de história, não conseguimos chegar ao patamar que poderíamos estar. Temos um dos piores índices de distribuição de renda do mundo, milhões de famílias abaixo do nível da pobreza, alto grau de criminalidade e instituições pouco maduras. A razão de todas essas mazelas é que nunca enfrentamos com paixão, obstinação e consistência o maior desafio deste País: o enorme déficit educacional. Podemos acreditar em um país em que 74% da população é analfabeta funcional? Podemos acreditar em um país que está entre os três piores do mundo em aproveitamento escolar nos ensinos fundamental e médio? Podemos acreditar em um país que tem um dos maiores índices de repetência do mundo? A Coreia, na década de 1970, decretou a educação como prioridade nacional e direcionou cerca de 10% do PIB para a área. Resolveu o problema em pouco mais de uma geração e hoje desfruta de uma das maiores rendas per capita do mundo. Nossos políticos jamais iriam propor tal saída, pois estão preocupados com eleições e enriquecimento pessoal. Um crime contra a nação. Enquanto sociedade civil e governo não se insurgirem contra esse déficit educacional, permanecerei cético de que poderemos efetivamente ocupar o lugar merecido pelo Brasil no cenário mundial.”
Jair Ribeiro, empresário e idealizador da Casa do Saber, São Paulo (SP)

“Acreditarei, se houver mudanças. É preciso diminuir as desigualdades sociais. Não por meio de ‘bolsas’, mas com pesados investimentos na educação, saúde, seguridade social, infraestrutura e inovação tecnológica, entre outras prioridades. O freio ao consumismo deveria ser uma das preocupações imediatas.”
José Luciano Pereira, consultor jurídico administrativo, Belo Horizonte (MG)


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