Nesta segunda-feira (20), a 29ª Bienal de São Paulo foi aberta para a imprensa. Das 9 às 17 horas, jornalistas de todo o mundo puderam conhecer um pouco da já muito comentada edição de 2010. Às 11 horas, houve uma entrevista coletiva, com as presenças de Heitor Martins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias, curadores-gerais da edição deste ano, além de Carlos Augusto Calil, secretário municipal de Cultura de São Paulo, e José Luiz Herência, secretário de políticas culturais do Ministério da Cultura (MinC).
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Nos discursos de todos eles, um raciocínio e um desejo comuns: recuperar o peso e a grandeza da instituição Bienal e também da mostra. “Há um ano, quando assumimos, havia uma grande dúvida se conseguiríamos até realizar a Bienal de 2010. Conseguimos, vencemos e agradeço ao MinC e à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo pela ótima sintonia”, abriu a coletiva Heitor Martins, lembrando da crise pela qual a instituição passou nos últimos anos, com reflexos até hoje.
Martins agradeceu a todos da Fundação Bienal pela dedicação na montagem da 29ª edição da mostra. “A Bienal voltou, e com tamanho”, disse Carlos Augusto Calil, chamando Martins de “modesto” quando o presidente da Bienal se lembrou das dificuldades da instituição. Calil afirmou que a Bienal, mais uma vez, foi salva, mas ainda é um corpo frágil, que precisa do apoio de todos, segundo ele.
O secretário comentou sobre o tema deste ano, Arte e Política, elogiando a volta de uma proposta mais ousada e moderna ao evento. José Luiz Herência falou um pouco sobre a situação difícil das instituições culturais e artísticas no País, mas ressaltou o papel do MinC na recuperação e manutenção dos polos culturais brasileiros.
Quando o papo chegou nos curadores Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias, os temas e polêmicas deste ano começaram a ser debatidos. “Queremos, com a mostra, reafirmar a instituição Bienal, a história da Bienal. E resgatar a discussão de arte e política”, disse Moacir dos Anjos, lembrando que toda arte é política, no sentido amplo da definição.
Agnaldo Farias reafirmou o desejo de que a edição de 2010 seja um marco para um crescimento definitivo da mostra e da arte no Brasil. Farias falou do Projeto Educativo da 29ª Bienal, uma iniciativa que envolveu quase 40 mil professores e educadores das redes pública e privada de ensino, sob curadoria de Stela Barbieri (Leia mais no site www.fbsp.org.br/educativo).
A organização espera que 400 mil pessoas, entre professores e alunos, compareçam à Bienal, com visitas orientadas. Para o público total, espera-se um milhão de pessoas, número ambicioso, mas dentro do espírito de resgatar a grandeza da Bienal. Afinal, foram investidos R$ 30 milhões para abrigar cerca de 200 obras de 159 artistas do mundo todo, no espaço de 27 mil m² de área do prédio projetado por Oscar Niemeyer, nos anos 1950.
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