Momento de eleições no Brasil é uma época curiosa, muitas vezes engraçada. Principalmente depois que a propaganda eleitoral gratuita entra no ar, no rádio e na TV.
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Muitos candidatos têm pouco tempo para se mostrar ao eleitor. O falecido Enéas Carneiro foi pioneiro.
Como um locutor de rádio em partidas de futebol ou um narrador de corridas de cavalos, Enéas brigava contra o relógio para apresentar suas propostas, seu número e seu partido e ainda soltar o agora já conhecido: “Meu nome é Enéeeeeas!”.
No entanto, Enéas não viu nada.
Se estivesse vivo, o político iria se surpreender com a rapidez dos locutores das vinhetas dos partidos no rádio.
Por causa da Lei Eleitoral, há tempo definido para os partidos, de acordo com as coligações costuradas.
E os partidos usam 99% desse exíguo tempo para um jingle que fique na cabeça, uma música ou frases que marquem o candidato. E ignoram exatamente quem faz parte da coligação!
No fim de cada inserção, um louco tem que narrar o nome da coligação e os partidos que fazem parte dela em poucos segundos. Beira o ridículo!
“Coligação Por uma cidade melhor. PZ, PW, PRW, PPZ, PMZ, PZL, PJW, PYW, POH, PLW, PMY e PY!”.
UFA!
Quem seriam esses verdadeiros “Usain Bolts” da narração?
Além de patético, é simbólico sobre a política no Brasil.
Teoricamente, os partidos que apóiam o candidato deveriam contar, e muito, na hora do voto. As coligações deveriam ser apresentadas claramente ao eleitor.
Mas ficam em último plano. E o narrador que se vire!
Em tempo: Não se engane! Enéas foi único. Eneías Filho, que tem aparecido no horário eleitoral como filho de ex-deputado, na verdade não é nem parente do falecido político. Candidato a vereador em São Paulo, Eneías Filho tenta enganar os eleitores.
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