Depois de muito falatório e negociações políticas, finalmente a chanceler alemã Angela Merkel confirmou Guido Westerwelle como novo Ministro das Relações Exteriores. Westerwelle, já falamos aqui, é abertamente gay, vive com Michael Mronz, gatão, dirigente de um time de futebol, e o casal desfila junto pela cena política, sem dramas. Não vi fotos de nenhum beijo, mas, em se tratando de alemães, mesmo entre héteros isso é normal. Nunca, na história, nenhum gay ocupou um cargo público tão alto, em um governo democrático. Não vale citar Alexandre, o Grande.
Desde as eleições, até agora, Merkel e os políticos da coalizão que formam seu governo travaram um duro braço de ferro, principalmente na questão do corte de impostos, promessa de campanha de Westerwelle dificílima de ser cumprida, pois o país está quebrado. Chegaram a um meio termo, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Está formado o governo, e lá estará o gay, representando o país mundo afora. Já imaginaram ele, visitando países notoriamente homofóbicos, como os árabes, por exemplo? É bem verdade que ele carrega o peso dos votos dos alemães, e de uma nação poderosa. Já houve um certo precedente, diga-se, pois a Arábia Saudita, onde mulheres não valem nada, e sequer podem mostrar o rosto nas ruas, já recebeu a Rainha Elizabeth Segunda, e a tratou como chefe de Estado, com todas as honras oficiais. Hillary Clinton, por sua vez, também vai aonde quer, e ninguém se recusa a recebê-la. Será que Westerwelle levará o maridão mundo afora?
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