A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve propor uma nova regra que instituirá a proibição do uso de termômetros e medidores de pressão que têm mercúrio como componente.
A diretoria da Agência aprovou nesta terça-feira (1) em reunião pública a iniciativa regulatória sobre o tema. A regra atende a uma demanda da Convenção de Minamata, ocorrida no Japão em 2013, do qual o Brasil é um dos signatários.
Pela convenção, o mercúrio deverá ter seu uso reduzido em todo o mundo até 2020. O mercúrio é um perigoso agente tóxico no meio ambiente quando descartado.
O acordo pretende reduzir os níveis mundiais de emissões de mercúrio, bem como a produção e a utilização do metal, principalmente em processos industriais. Trata-se de um metal pesado muito tóxico para os seres vivos.
Uma exposição muito forte enfraquece o sistema imunológico e pode causar problemas como perturbações psicológicas ou digestivas, perda de dentes, e problemas cardiovasculares ou respiratórios. A convenção prevê que, em 2020, produtos com mercúrio, como os termômetros, tenham desaparecido, e dá prazo de 15 anos para que os Estados Unidos deixem de usar mercúrio nas atividades de mineração.
Desastre de Minamata
A Convenção de Minamata adotou esse nome em homenagem à cidade japonesa vítima do pior envenenamento já registrado pelo metal tóxico nos anos 1950. Mais de 700 pessoas morreram com dores severas por conta do mercúrio. Em 2001, uma pesquisa indicou que cerca de dois milhões de pessoas podem ter sido afetadas por comer peixe contaminado. No mesmo período de tempo, foi reconhecido que 2.955 pessoas sofreram da doença de Minamata.
Tudo ocorreu por uma indústria lançava dejetos contendo Mercúrio na baía da Minamata desde 1930. Após 20 anos, começaram surgir sintomas de contaminação: peixes, moluscos e aves morriam.
*Com informações da Anvisa e Portal Brasil
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