Após segundo teste negativo, homem com suspeita de ebola é retirado de isolamento

O segundo exame para diagnóstico do paciente suspeito de infecção pelo vírus ebola também apresentou resultado negativo e, com isso, o brasileiro que esteve na Guiné (região da África Ocidental com registro da doença) foi retirado do isolamento.

Um primeiro teste já havia dado negativo na sexta-feira (13), mas um segundo exame é necessário para a confirmação ou negativa, segundo protocolos. Na ocasião, o homem havia recebido diagnóstico positivo somente para malária.

A Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, estado em que o homem foi inicialmente internado, já foi notificada. Com isso,  as 95 pessoas que tiveram contato com o paciente e estavam sendo acompanhadas já foram liberadas do monitoramento. As informações são do Ministério da Saúde. 

Transferência  de suspeito de ebola de Cascavel (PR) para o Rio de Janeiro em outubro de 2014.  Foto: Vanderlei Faria / SECOM Cascavel Pr
Transferência de suspeito de ebola de Cascavel (PR) para o Rio de Janeiro em outubro de 2014. Foto: Vanderlei Faria / SECOM Cascavel Pr

Segundo o órgão, a vigilância continuará sendo mantida, segundo protocolos internacionais. Assim, qualquer pessoa que chegar da Guiné (África), único país com transmissão ativa do vírus ebola atualmente, e apresentar febre até 21 dias após a chegada ao Brasil, será considerada caso suspeito e será isolada imediatamente.

Foi o que aconteceu com o homem brasileiro, de 46 anos, que saiu da Guiné (África Ocidental) e retornou ao Brasil no dia 6 de novembro. Dois dias depois, ele começou a apresentar sintomas como febre alta, dor muscular e dor de cabeça. Na noite do dia 10, às 20 horas, ele foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento da Pampulha, em Belo Horizonte.

Com o histórico, o protocolo internacional foi acionado e na quarta-feira (11), ele foi transportado para Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, referência nacional para os casos de ebola.

O ebola é uma doença grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade de aproximadamente 50%.  A doença foi identificada pela primeira vez em 1976, em dois surtos simultâneos: um em uma aldeia perto do rio Ebola, na República Democrática do Congo, e outro em uma área remota do Sudão. A origem do vírus é desconhecida, mas os morcegos frugívoros (Pteropodidae) são considerados os hospedeiros do vírus.

A pessoa infectada só transmite o vírus quando apresenta os sintomas. A transmissão ocorre através do contato com o sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos doentes.

 


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