A epidemia de dengue e zika – provável causador de microcefalia em bebês – iniciou um corre-corre em municípios de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. A construção de ambulatórios improvisados e a busca por médicos inclui até a oferta de R$ 1.200 por dia para o especialista que se dispuser a atuar temporariamente cuidando de doentes afetados pelas doenças, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Diante da dificuldade de encontrar médicos, as cidades com epidemia estão precisando pôr a mão no bolso. Há prefeituras que oferecem até R$ 1.200 por cada dia de trabalho, informa o jornal Folha de S.Paulo.
É o caso de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, que já registrou 927 casos nos primeiros 15 dias do ano, e decretou gastos de R$ 15,8 milhões. Por lá, a procura chega a média de cem pacientes por dia nos postos de saúde. Secretária Assistente da Saúde no município, Darlene Mestriner confirmou os repasses: “Estamos pagando R$ 1.200 por plantão de 12 horas”.
Em Campo Grande (MS) e Paranaguá (PR) também há procura por médios. Na cidade paranaense, até o Carnaval foi adiado para julho. “Estamos com dificuldade enorme para contratar médicos. Abrimos vagas para 20, mas ainda temos cinco abertas”, confirma Osvaldo Capetta, porta-voz da prefeitura para o assunto.
Na capital sul-mato-grossense, a contratação de 120 médicos foi acelerada. Por lá, o plantão também custa R$ 1.200. Em Ubá (MG), o valor é mais baixo: paga-se R$ 700 para quem trabalha de dia e R$ 781,65 para os médicos que atuam à noite.
Até agora, o Brasil confirmou 404 casos e 3.670 suspeitas.
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