Cinco hospitais da rede pública estadual de São Paulo e o Hospital do Câncer de Jaú, no interior do Estado, participarão dos testes para comprovar a eficácia da substância fosfoetanolamina sintética contra o câncer. Serão avaliados seus efeitos contra diversos tumores em cerca de mil pacientes. O estudo será coordenado pelo Instituto do Câncer de São Paulo, o Icesp.
Os testes ainda não tem data marcada para começar, mas a pressão popular é grande. Diversos pacientes com câncer obtiveram autorizacão judicial para continuar tomando a substância, que é produzida em um laboratório da USP de São Carlos. A fosfoetanolamina sintética ainda não foi testada em seres humanos conforme as exigências científicas e não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
No momento, o grupo de cientistas que fará os estudos aguarda o consentimento do pesquisador que desenvolveu a substância, o professor aposentado do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, Gilberto Chierice, e uma autorização da Universidade de São Paulo, já que o remédio é patenteado.
Antes do início, também é necessário que o plano de estudo seja aprovado pelo comitê de ética em pesquisa das instituições onde será realizado. A ideia inicial é de que o estudo avalie o remédio pelo menos contra sete tipos de câncer, como pulmão, bexiga e leucemias, entre outros. Também precisam ser estabelecidos e divulgados os critérios de inclusão e exclusão dos pacientes na pesquisa.
“Faremos um trabalho multicêntrico envolvendo centros com expertise em pesquisa clínica”, disse o secretário estadual de Saúde, David Uip, que é professor de Medicina e pesquisador. Segundo Uip, a intenção do governo é dar suporte ao estudo. “Será uma pesquisa nos moldes daquilo que há de mais refinado na área.”
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