A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira (6), em Brasília, a terceira fase de testes para a vacina contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo. O objetivo desta última etapa é estudar a eficácia do produto em cerca de 17 mil pessoas entre 2 e 59 anos.
A CTNBio, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, é responsável pela aprovação de estudos de medicamentos que contêm organismos geneticamente modificados.
A vacina do Butantan é 100% brasileira e usa diferentes tipos do vírus da dengue alterados geneticamente. As doses são tetravalentes, ou seja, têm potencial para proteger contra os quatro tipos da doença com uma única dose. Na segunda fase de testes da vacina, aplicada em cerca de 200 voluntários humanos, os resultados foram considerados satisfatórios pelo instituto e pela CTNBio.
A previsão do Butantan é que a última rodada de testes comece em setembro deste ano, mas isso ainda depende de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). A terceira fase deve durar cerca de um ano. Em abril, o instituto protocolou na Anvisa uma solicitação, ainda não respondida, para antecipar a fase final de testes.
Os resultados da terceira fase serão apresentados novamente à CTNBio. Se a eficácia for comprovada, a vacina seguirá para a Anvisa para registro comercial.
Quem tiver interesse em contribuir com os estudos pode se inscrever como voluntário no site do Instituto Butantan.
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