O conjunto de reportagens que denunciam esse desmonte acompanham o projeto de construção do Saúde!Brasileiros, braço da editora Brasileiros para a saúde. O SUS (Sistema Único de Saúde) foi uma conquista da sociedade e a sua atuação é elogiada internacionalmente. No Brasil, não é necessário estar trabalhando para ter acesso à saúde. No Brasil, não é necessário sequer ser brasileiro. O País atende a todos e reconhece que o direito à saúde é universal.
Essa universalidade, entretanto, está longe de ser consolidada. Já no governo de Dilma Rousseff, as perdas foram gigantescas (com a mudança da base de cálculo do financiamento do SUS que, agora, está atrelado às receitas da união). Mas sempre dá pra piorar. Com Barros, esse subfinanciamento está explícito e o ministro chegou a negar o caráter universal do sistema.
Barros não está sozinho. O desmonte começa nos financiamentos das campanhas pelos planos de saúde, no aparelhamento da Agência Nacional de Saúde, nas CPIs de planos que nunca saíram do papel, na falta de ressarcimento do SUS por procedimentos de usuários privados feitos dentro do sistema público… e por aí vai. Vale ler as principais reportagens da Brasileiros que contextualizam esse desmonte:
– Eduardo Cunha empatava a CPI dos Planos de Saúde no Congresso no ano passado, projeto que nunca saiu do papel. Ele mesmo recebeu doação de campanha do Bradesco Saúde.
– Nesse especial sobre a crise do SUS diversos especialistas falam sobre o processo de desmonte do SUS, que é histórico, e vai na esteira do lobby de financiamentos de campanhas de planos no Congresso. Essa reportagem é essencial para entender o que está acontecendo.
– Mário Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da USP, diz que planos da saúde nunca vão substituir o SUS. “Eles restringem o atendimento a idosos, pacientes crônicos e de saúde mental.”
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