Dilma sanciona lei que libera a “pílula contra o câncer”

A presidente Dilma sancionou a lei que autoriza o uso da substância fosfoetanolamina sintética por pacientes diagnosticados com tumores malignos, apesar dos pareceres contrários da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A decisão foi publicada nesta quinta-feira (14) no Diário Oficial da União. Clique aqui para ter acesso ao texto aprovado. 

O argumento da lei é que pacientes possam ter direito à escolha do tratamento em uma fase já avançada na doença, desde que assumam os riscos. Já a Anvisa alertou que a aprovação relâmpago do composto abala a credibilidade dos medicamentos no País e pode colocar em risco a saúde pública. 

Também chamado de "pílula da USP", remédio é alvo de controvérsias. Foto: Cecília Prado/USP
Também chamado de “pílula da USP”, remédio é alvo de controvérsias. Foto: Cecília Prado/USP

A aprovação permite que pacientes com tumores em fase terminal utilizem a substância, desde que assinem termo de responsabilidade.  A fosfoetanolamina não passou por todos os testes clínicos necessários para o seu registro na Anvisa. 

Até o momento, pesquisas realizadas em laboratório não apontaram 
eficácia da substância no tratamento da doença, mas os testes ainda estão em curso. O que foi comprovado in vitro (em células no laboratório) é que, na dosagem utilizada atualmente, a fosfoetanolamina não é tóxica para o organismo. 

O texto do projeto de lei aprovado foi proposto por 26 deputados, vários deles oposicionistas, e teve tramitação muito rápida na Câmara e no Senado. 

 


Comentários

Uma resposta para “Dilma sanciona lei que libera a “pílula contra o câncer””

  1. Avatar de samsunggalaxytab764
    samsunggalaxytab764

    A ANVISA quer peitar e falar mais alto do que o Parlamento.
    Se ela não se enquadrar IREMOS DEFENDER ALTERAÇÕES PROFUNDAS NA AGÊNCIA, inclusive alterando o ministério de vinculação, passando ela a integrar o Ministério da Agricultura, que já cuida da vigilância fitossanitária.

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