Representantes de entidades, instituições e movimentos sociais realizaram na manhã desta quarta-feira (6), em Brasília, uma marcha em defesa do Sistema Único de Saúde em frente ao Congresso Nacional. Manifestantes tentam pressionar o governo Temer na tentativa de barrar medidas que aprofundem a perda de financiamento do sistema e direitos sociais.
Esta é a segunda marcha organizada por movimentos sociais, que contou com cerca de 2 mil pessoas. A primeira aconteceu em dezembro de 2015 como atividade inicial da 15ª Conferência Nacional de Saúde. “O anúncio de limitação dos gastos com ações e serviços públicos de saúde demonstra que a saúde e, consequentemente a seguridade social encontram-se ameaçadas”, mencionou nota de convocação para a marcha, organizada pelo CNS.
No processo de construção da 2ª marcha, representantes de entidades, instituições e movimentos sociais reunidos no Conselho Nacional de Saúde decidiram por ampliar o objetivo desta mobilização, passando a incorporar, além da defesa do SUS, a defesa da seguridade social. A marcha, assim, passou a ser denominada “Marcha em Defesa da Saúde, da Seguridade Social e da Democracia.”
O Conselho Nacional de Saúde, ainda, enfatiza as ações do governo Temer como justificativa de ampliação do processo de luta dos manifestantes.
“Cabe destacar que uma das primeiras ações do governo interino foi o ataque ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS), com a extinção do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)”, escreveram.
“Da mesma forma, o atual governo demonstra pretensão em flexibilizar a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e fazer uma ampla reforma na previdência, iniciando este processo com a extinção do Ministério da Previdência, fatiando suas atribuições entre o Ministério da Fazenda e do Desenvolvimento Social e Agrário.”
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