Um aparelho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pode ajudar no combate ao vírus Zika. A ideia é criar uma geração de machos estéreis do mosquito Aedes aegypti macho, a fim de barrar a reprodução do vetor biológico.
Para tanto, é necessário a utilização de um radiador gama cobalto-60, cuja transferência para o Brasil já foi solicitada pela agência. Outros países, que também enfrentam epidemias causadas pelo mosquito, vão receber o equipamento.
A “castração” do Aedes consiste em controlar pragas usando radiação ionizante (método de esterilização que utiliza a baixa temperatura) . As pupas – fase de desenvolvimento do mosquito – são irradiadas por um equipamento que usa o Cobalto 60 como base. Isso modifica o esperma dos insetos, tornando-os estéreis. Ainda que após o acasalamento as fêmeas ponham ovos do mosquito, eles não darão origem a novas larvas do inseto. Como o acasalamento ocorre apenas uma vez ao longo da vida da fêmea do Aedes aegypti, o cruzamento com os machos modificados impedirá a reprodução do vetor. Segundo a Aiea, o método tem sido aplicado com sucesso há mais de 50 anos na agricultura.
O aparelho será entregue ao centro especializado na esterilização de insetos machos que fica em Juazeiro na Bahia. A data de chegada ainda não foi definida. Com informações da AIEA.
O anúncio foi feito durante encontro em Brasília que reuniu especialistas internacionais de 12 países para compartilhar experiências sobre o uso de esterilização de insetos.
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