Um crescimento anormal no número de nascimentos de crianças com microcefalia, condição em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada, fez com que o Ministério da Saúde declarasse nesta quarta-feira (11) “Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional” para dar maior agilidade às investigações.
Os casos foram registrados em Pernambuco. Até o dia 9, foram notificados 141 casos suspeitos em 44 municípios do Estado. Em média, Pernambuco registrava por volta de dez ocorrências por ano.
Segundo o Jornal do Commercio de Pernambuco, testes já demonstraram que a causa não é hereditária. Nas crianças e nas gestantes, estão sendo realizados exames clínicos, de imagem e laboratoriais para esclarecer as outras possíveis causas do problema.
Outros fatores de risco para a malformação são doenças como a desnutrição e moléstias infecciosas durante a gestação, como rubéola, dengue, zika e chikungunya, entre outras.
As informações foram divulgadas em nota oficial no site do Ministério da Saúde. Um mecanismo de emergência de investigação previsto em lei foi adotado. Nele, estão previstos o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos.
O fato também foi comunicado à Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-americana de Saúde, conforme os protocolos internacionais de notificações de doenças.
O que é a microcefalia?
A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, os bebês nasceram com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm.
Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como radiação, substâncias químicas e agentes biológicos infecciosos, como bactérias e vírus.
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