Microcefalia aumenta no Sudeste; H1N1 responde por 90% dos óbitos por gripe no País

Segundo últimos dados do Ministério da Saúde (20 de junho), foram registrados 172 novos casos de bebês com suspeita de microcefalia no Sudeste contra 171, no Nordeste, nas últimas cinco semanas. Rio de Janeiro e São Paulo são os estados com maior crescimento de registros suspeitos de microcefalia. Nas últimas cinco semanas, a variação foi de 46 (RJ) e 104 (SP) novos bebês notificados, enquanto no Espírito Santo e em Minas Gerais o total foi de 11 registros cada.

Essa diferença regional se explica porque o pico de infecção se dá no primeiro semestre no Nordeste e no segundo semestre no Sudeste do país. Também há um período entre a ocorrência da infecção por zika e a notificação de microcefalia, que ocorre durante a gestação. Como o mosquito circula no verão, isso ajuda a compreender o aumento dos casos notificados agora no inverno. 

Apesar do aumento no Sudeste, no acumulado de casos, o Nordeste ainda concentra cerca de 75% dos bebês com o perímetro da cabeça menor que o estabelecido para a notificação de casos, que atualmente é de 32 centímetros.

Programa vai oferecer ultrassonografias e ressonâncias para indicar a possibilidade de malformação do feto - Foto: EBC
Casos de microcefalia aumentam no Sudeste. Foto: EBC

H1N1 responde p0r 90% dos óbitos por gripe

De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS) (22/06) foram registrados 5.214 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de influenza, situação que requer a hospitalização do paciente. Desse total, mais de 80% foi causado pelo subtipo A (H1N1). Também foram confirmados 1.003 óbitos, sendo mais de 90% dos registros relacionados a este subtipo.

Há uma possibilidade que o número de notificações tenha aumentado pelos esforços maiores com a vigilância para esse tipo de vírus. Também o vírus circulante costuma ter picos que variam de dois em dois anos. Isso porque, depois desse período, não há uma “memória imunológica” tão grande na população.

Fato que sustenta essa informação é que a última vez que o H1N1 circulou de forma expressiva foi em 2013, quando foram registrados 3.733 casos graves e 768 mortes no País.


Secretarias de saúde pedem atenção e sugerem medidas no inverno. Confira avisos:

Crianças de seis meses a cinco anos serão vacinadas na rede pública a partir de 11 de abril. Foto: Ingimage
Lavagem nasal e circulação de ar em ambientes fechados são importantes para prevenção de doenças no inverno Foto ilustrativa/Ingimage

As secretarias de saúde de São Paulo (Estado e Município) chamam a atenção da população para a adoção de cuidados redobrados no inverno,  em especial atenção à massa polar que atinge o Estado de São Paulo e faz a temperatura cair muito. 

Para falar sobre os cuidados com as doenças mais comuns desse período, a prefeitura consultou dermatologista Farize Murad e a otorrinolaringologista Renata Bittencourt Silva, ambas profissionais do Ambulatório de Especialidades (AME) Alto da Boa Vista, em Santo Amaro.

A dermatologista Farize Murad e a otorrino Renata Silva avisam que uma das melhores maneiras de se prevenir contra doenças como rinite e sinusite é intensificar a lavagem nasal. “Isso tira a secreção e limpa a via nasal. Quase ninguém faz essa lavagem, que é simples e pode ser feita em casa, por meio de seringa e soro fisiológico”, disse Renata.

Outras dicas envolvem evitar água quente no banho, passar hidratante na pele e evitar coçá-la para não provocar infecções.

O governo do Estado consultou o Fábio Muchão, pneumologista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) “Luiz Roberto Barradas Barata”, em Heliópolis, na capital paulista. 

O pneumologista Fábio Murchão aconselhou manter uma fonte de umidificação ao utilizar aquecedores (recipientes com água, umidificadores), manter a ventilação em ambientes fechados, lavar bem mantas e blusas guardadas, hidratar olhos e narinas, e evitar banhos quentes prolongados e exercícios ao ar livre em dias muitos secos e frios.


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