Ministério da Saúde vai ligar para cada família de bebê com microcefalia

Em meio a dificuldade de entender o zika, o Ministério da Saúde tenta colocar em ação um plano para acompanhar atendimento a bebês nascidos com microcefalia no País. O primeiro passo da estratégia será oferecer informações por meio de ligações telefônicas e coletar dados sobre essas crianças. Serão identificados os exames já feitos, o acompanhamento médico, além de verificar se foi iniciada a estimulação precoce.

Serão contemplados todos os bebês cujos casos tiveram notificação de microcefalia, independentemente da malformação ter sido confirmada ou continuar em investigação. O último Informe Epidemiológico de Microcefalia, divulgado no dia 23, aponta que 4.107 casos suspeitos estão em investigação. Desde o início do número de casos, em 22 de outubro de 2015, até 20 de fevereiro, foram 5.640 notificações. Dessas, 950 foram descartadas.

A previsão é que o contato com os familiares dos bebês da região Nordeste seja concluído até 10 de março. Em seguida, será iniciado o levantamento dos casos dos demais estados com notificação, com expectativa de conclusão até o final de março.

A ação será contínua, fazendo com que os familiares de novos casos sejam consultados à medida que ocorra a atualização das notificações.

Durante as entrevistas, os atendentes irão abordar sobre os procedimentos clínicos e laboratoriais orientados no Protocolo de Atenção à Saúde, como a realização da triagem neonatal (testes do pezinho, orelhinha e olhinho) e dos exames de ultrassonografia e tomografia.

Foto: EBC
Governo vai mapear famílias e crianças com microcefalia, confirmados ou não. Foto: EBC
Também serão feitas perguntas sobre o atendimento das crianças nos serviços de estimulação precoce, processo que busca extrair o maior potencial da criança, especialmente entre 0 e 3 anos, principal período de desenvolvimento cerebral.

Ao todo, 180 atendentes foram capacitados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do grupo de Notícias Difíceis, para promover um contato humanizado e sensível aos familiares.

Os questionamentos, assim como orientações para que se busque a unidade de atendimento mais próxima, foram detalhados pelos técnicos das coordenações de Saúde da Criança e da Mulher, ambas da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.


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