Sem plano de saúde, o repórter André Julião acorda com uma dor aguda na parte anterior do olho direito. O histórico de glaucoma na família o preocupa, mas por hora, ele só quer se ver livre da dor e economizar (a consulta particular com sua oftalmologista chega a R$ 500).
Ele decide, então, testar o Dr. Consulta, serviço de consultas rápidas em SP que atende no mesmo dia e cobra até R$ 120 por atendimento (confira a reportagem completa do serviço).
Leia, abaixo, o depoimento do repórter sobre a experiência. Saúde!Brasileiros também pediu uma segunda opinião para os sintomas relatados.
Meu encontro com o Dr. 15 minutos
Com uma preocupação real, fui a uma clínica expressa ver um oftalmologista. Não houve chá de cadeira e o problema foi resolvido, mas ainda não achei um médico para chamar de meu
Numa manhã de agosto, logo ao acordar, senti uma dor aguda na parte anterior do olho direito. O histórico de glaucoma na família foi o lembrete para eu me preocupar. Como estou sem plano de saúde e minha oftalmologista de confiança cobra R$ 500 por uma consulta particular. aproveitei para testar os serviços do Dr. Consulta sem me identificar como repórter.
No site, selecionei a especialidade oftalmologia e cliquei em “agende agora”. Não havia horário para o mesmo dia na unidade perto da minha casa, mas poderia ir a uma unidade um pouco mais distante.
Preenchi um formulário e em cliquei em “Fazer orçamento”. Por incluir um exame que mede a pressão ocular (tonometria) a consulta custou R$ 100. A confirmação do agendamento apareceu na tela e veio por email.
15h25: Cheguei e peguei a senha. Em menos de 10 minutos foi a minha vez. Paguei, peguei um recibo que me garantia um retorno gratuito em 15 dias e fui para outra sala de espera.
Às 15h35, fui chamado para fazer exames de pressão intra-ocular (tonometria) e mapeamento da retina. Em cinco minutos, tinha em mãos dois papeizinhos com as medições de cada olho. Mais cinco minutos e estava no consultório.
Às 15h45, entrei em consulta. O oftalmologista, jovem e simpático, perguntou as minhas queixas e explicou cada procedimento enquanto examinava o fundo do olho e o nervo ótico. No final, disse que estava tudo normal, os olhos só estavam um pouco ressecados.
De volta à sua mesa, perguntou minha profissão. Indicou um colírio para hidratar os olhos a cada quatro horas, um xampu neutro para diluir e lavar os olhos duas vezes ao dia e, se eu quisesse usar, um a receita de óculos para leitura, de 0,25 graus. Disse ainda que o glaucoma precisa ser prevenido em consultas regulares, mas não pediu outros exames.
SEGUNDA OPINIÃO
Para obter uma segunda opinião sobre os sintomas relatados pelo repórter André Julião, Saúde!Brasileiros pediu ao Hospital Israelita Albert Einstein que um dos oftalmologistas da instituição respondesse a pergunta de um leitor. A orientação foi dada pelo oftalmologista Adriano Biondi Carneiro, do corpo clínico do hospital.
Caro doutor,
Tenho 30 anos e minha família tem histórico de glaucoma. Na semana passada, acordei com dor na parte anterior do olho direito. Pode ser um sinal de alerta? Qual é a conduta correta, na minha idade, para prevenir o glaucoma?
A resposta do médicoO glaucoma tem associação importante com a hereditariedade e história familiar, que devem ser valorizadas na consulta oftalmológica de rotina. Mesmo sabendo que a incidência é maior a partir da quarta década de vida, a doença pode acometer pessoas de qualquer idade. Na grande maioria dos casos o glaucoma não é acompanhado por dor. Porém, em casos agudos, a dor pode ser muito significativa e decisiva para a busca do tratamento de urgência.
No seu caso, a conduta correta é consultar um médico oftalmologista para avaliar a sua pressão intraocular e a saúde do nervo óptico em ambos os olhos. Se ele julgar necessário, poderá solicitar exames como a retinografia cromática estereoscópica de papila, o exame de campimetria visual e outros mais sofisticados, como a tomografia de coerência óptica de papila. O mais importante, no entanto, é o exame clínico associado a uma interpretação correta dos achados por um oftalmologista.
E a conclusão do repórter André Julião
Apesar de ter tirado as minhas dúvidas no Dr. Consulta, não era um médico para chamar de meu. Confesso que senti falta da conversa e do acolhimento da minha médica.
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