Uma em cada dez pessoas sobrevive a uma parada cardíaca. Também a condição mata dez vezes mais que o câncer de mama. Apesar da alta letalidade, poucos são os estudos que estão olhando especificamente para essas mortes, conclui artigo publicado on-line no prestigiado Circulation, publicação da American Heart Association (Associação Americana do Coração).
O estudo da Circulation pontua que apenas 64 mil pessoas foram estudadas em 20 anos. E, durante esse período, apenas 92 bons estudos foram publicados.
Os pesquisadores avaliaram mais de 5.000 artigos publicados em jornais médicos, mas a maioria não cumpre as normas básicas necessárias para tirar conclusões específicas sobre a eficácia das opções de tratamento.
Ainda, o número de estudos feitos para a parada cardíaca não se compara a outras condições igualmente letais – como o Acidente Vascular Cerebral e a insuficiência cardíaca, em que a produção científica nas duas décadas chega a ser 86 vezes maior.
Em quais áreas os estudos podem focar
O artigo pontua que são necessários protocolos para atendimento de emergência, cuidados pós-hospitalização, e estudos com sobreviventes a longo prazo. Dados sobre a qualidade de vida dessas pessoas são quase inexistentes, afirmam os pesquisadores.
Mesmo os poucos estudos existentes, salientam, focam apenas até o momento em que o paciente normaliza as batidas do coração. Há pouquíssimos registros sobre o que ocorre com quem sobrevive ao longo dos anos.
Qual a diferença entre infarto e parada cardíaca?
São disfunções diferentes, embora um possa levar ao outro. Enquanto o gatilho da parada é uma disfunção elétrica que leva a batidas descompassadas do coração; o infarto é causado por uma obstrução da artéria.
Em ambos os casos, o bombeamento do sangue é interrompido – e o restante do corpo fica, então, sem sangue para as atividades vitais. O infarto pode levar a uma parada, mas os eventos também ocorrem independentemente.
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