Paulistas enfrentam filas de 3 horas para tomar vacina H1N1

O vírus da gripe H1N1 chegou dois meses antes do esperado e mais violento. O número de pessoas infectadas e de vítimas fatais da doença supera o ano de 2015 inteiro. Até o momento, foram 46 mortes, sendo que 38 delas aconteceram em São Paulo e, em especial, na região de São José do Rio Preto, onde teve início o surto. Pelo menos seis Estados registram casos da doença.

Nas clínicas e hospitais particulares da capital paulista, a espera pode passar de três horas e a vacina chega a custar entre R$ 120 e R$ 200. Em alguns locais, as doses já acabaram e novas remessas são esperadas.  

Crianças de seis meses a cinco anos serão vacinadas na rede pública a partir de 11 de abril. Foto: Ingimage
Crianças de seis meses a cinco anos serão vacinadas na rede pública a partir de 11 de abril. Foto: Ingimage

O aparecimento de grande número de casos na região de São José do Rio Preto deixou a população em alerta. Em Campinas, no interior de São Paulo, onde foram confirmados cinco casos, a procura pela vacina de 2016  lota corredores de hospitais e clínicas. O volume de pessoas dobrou em relação ao ano passado, segundo estimativas de funcionários do setor de atendimento. Em 2015 inteiro, o município registrou nove casos no total. 

Rede pública 

A campanha nacional de vacinação ocorrerá de 30 de abril a 20 de maio. A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou que a estratégia de vacinação será definida pelas equipes de saúde estaduais. Conforme o governo, as vacinas chegarão em seis remessas por causa do cronograma de produção dos fabricantes.

Nas três primeiras remessas da vacina H1N1 (1º a 15 de abril), os Estados receberão 25,6 milhões de doses. Isso representa 48% do total a ser enviado para a campanha deste ano. A chegada da vacina aos municípios é uma responsabilidade de cada estado. Cada estado irá traçar sua estratégia para os grupos de risco.

Remédio antiviral 
O medicamento fosfato de oseltamivir (nome comercial Tamiflu, das indústrias Roche) desapareceu das farmácias, que já têm lista de espera para adquiri-lo. Segundo o governo, a rede pública está abastecida com a substância e tem estoque suficiente em todo o Brasil do medicamento para o tratamento da gripe. É importante que o produto seja ministrado nas 48 horas do início dos sintomas e que a pessoa com suspeita de gripe procure atendimento médico imediatamente. 

O produto está disponível nas unidades públicas de saúde com receita médica simples, de acordo com o Protocolo de Tratamento de Influenza. Não há necessidade de realização de teste laboratorial.


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