A polêmica do alongamento: fazer ou não fazer?

Alongar sempre é bom, não é? Bem, alguns especialistas e estudos dizem que sim, outros dizem que não. Para tentar entender o que está acontecendo, um estudo publicado na Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism fez uma ampla revisão da literatura sobre o assunto.

Ao que tudo indica, o debate ainda está em curso. Não há uma resposta conclusiva. Uma indicação, no entanto, é que ainda vale a pena fazer o alongamento – desde que acompanhado do aquecimento, e desde que a pessoa não se estique demais.

Segundo pesquisadores, moderação é a chave para prevenir lesões no alongamento. Foto: Ingimage
Segundo pesquisadores, moderação é a chave para prevenir lesões no alongamento. Foto: Ingimage

De onde veio essa polêmica?

Muitas pesquisas entre 1960 e final de 1990 relatam que o alongamento estático (aquele feito enquanto o corpo está em repouso) é indispensável para aumento da flexibilidade e melhor desempenho das atividades de força. Os estudos também indicam, como muitos sabem, que a prática é capaz de reduzir lesões.

Porém, agora, nos anos 2000, ganhou força a hipótese de que o alongamento estático pode contribuir para aumentar a lesão dos músculos quando feito próximo às atividades de força. Como resultado disso, algumas pessoas deixaram de se esticar antes ou depois da prática de esportes.

Após examinar centenas de estudos, os pesquisadores desse estudo se convenceram de que o alongamento estático, quando incorporado em uma rotina de aquecimento, contribui para reduzir lesões.

“É importante que os profissionais de fitness e entusiastas avaliem criticamente os novos estudos”, diz o Dr. David Behm, da Memorial University of Newfoundland (Canadá) e principal autor do trabalho.

“Muitos estudos ao longo dos últimos 15 anos não incluíram o aquecimento como variável”, diz. “Outros estudos analisaram a prática de um alongamento muito mais intenso do que normalmente é feito.”

Segundo Behm, ainda vale a pena apostar no alongamento. “A prática moderada influencia positivamente a rotina de exercícios”, diz o pesquisador.


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