Presença do vírus Zika em nove países faz OMS emitir alerta mundial

A Organização Mundial de Saúde (OMS), em conjunto com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), emitiu alerta epidemiológico mundial, com recomendações aos seus Estados-Membros, para que estabeleçam medidas de diagnóstico e acompanhamento de casos do vírus Zika.

De acordo com o comunicado conjunto, em 1° de dezembro havia registros de casos do vírus Zika em nove Estados-Membros: Brasil, Chile (Ilha de Páscoa), Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela.

O mosquito Aedes Aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya. Foto: Agência Brasil/Arquivo
O mosquito Aedes Aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya. Foto: Agência Brasil/Arquivo

O comunicado ressalta a situação do Brasil, onde 18 estados já confirmaram a circulação do vírus, e onde já se confirmou a relação entre o vírus Zika e casos de microcefalia. Até o dia 30 de novembro deste ano, 1.248 casos de microcefalia foram registrados em 14 estados brasileiros. Os dados mostram que houve um aumento de mais de vinte vezes em relação a anos anteriores.

A Opas e a OMS também recomendam que os países reforcem a vigilância de síndromes neurológicas e anomalias congênitas e que fortaleçam o cuidado pré-natal às gestantes e aos recém-nascidos nas regiões onde o vírus está circulando.

Além disso, o documento destaca a importância de reduzir a presença do mosquito vetor, o Aedes aegypt, através de estratégias de controle eficaz do mosquito e de comunicação pública, com campanhas nos veículos de comunicação.

A respeito do tratamento no caso de infecção por vírus Zika, o comunicado ressalta que não há vacina específica e que a orientação é no sentido de amenizar os sintomas com repouso e medicamentos para a diminuição da febre. Os pacientes devem ingerir muito líquido para evitar desidratação.


Estado de emergência no Sul

Saúde!Brasileiros

Na manhã desta quarta-feira (2), o governo do Rio Grande do Sul anunciou que decretará estado de emergência em saúde por causa da epidemia de casos de microcefalia. 

Os médicos ainda não sabem qual é o período da gravidez em que o vírus Zika causa malformações fetais. Por isso, recomendam que as grávidas se protejam ao longo de toda a gestação. Além disso, está em discussão entre os especialistas a possibilidade de que o vírus Zika seja transmissível pelo leite materno e também pelo sêmen do homem infectado. 


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