Aumentos que podem ser muito superiores a 60% no preço da vacina contra a gripe H1N1 ministrada na rede privada serão investigados pelo Procon-SP. A partir das reclamações feitas por diversos consumidores, na semana passada o órgão notificou oito das maiores clínicas de imunização da capital paulista, além de hospitais e laboratórios, a prestarem esclarecimentos sobre as razões do reajuste. A convocação foi enviada pelo correio na quinta-feira (31).
Na temporada de gripe de 2015, segundo a assessoria do Procon, o preço médio dessas vacinas ao consumidor foi de R$ 45. Esse valor, entretanto, não foi obtido por pesquisas, mas sim calculado pelo Procon-SP a partir de relatos feitos ao órgão e notícias de jornais.
Segundo os relatos dos consumidores, alguns estabelecimentos elevaram os preços de R$ 120,00 para até R$ 215,00. Se a explicação dada pelas empresas for convincente, tudo ok. Mas se forem comprovadas irregularidades no cálculo dos valores, o Procon pretende abrir processos administrativos contra os estabelecimentos.
Por que é preciso tomar vacina contra a gripe todo ano?
As vacinas contra a gripe H1N1, assim como o imunizante dado contra a gripe comum, devem ser tomadas todo ano. O tempo todo, o micro-organismo causador da doença, o Influenza, sofre mutações que alteram muito o formato das suas proteínas. Pois é justamente para destruir algumas dessas proteínas que o corpo humano fabrica os anticorpos que vão nos defender da infecção.
Se o inimigo muda, as armas para combatê-lo precisam mudar também. Por isso, a cada ano, os pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) coletam amostras do vírus contidas no sangue de pacientes de várias partes do mundo para fazer testes e descobrir quais são os anticorpos capazes de vencer essas cepas. Essas informações serão usadas para definir a fórmula da vacina da nova temporada.
A vacinação na rede pública contra o H1N1 começa, em São Paulo, no dia 11 de abril para grupos mais vulneráveis. No dia 30 de abril terá início a campanha anual em todos os Estados.
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