A aplicação da segunda dose da vacina contra o papilomavírus humano (HPV), vírus que pode causar câncer de colo do útero, começa nesta terça-feira (8) em todo o estado de São Paulo. A primeira dose continua disponível.
A imunização é feita das 8h às 17h em postos de saúde e Serviços de Atenção Especializada em HIV/Aids (SAE), mediante apresentação de documento de identificação.
A cobertura da vacinação contra o HPV na primeira fase atingiu 58% do público-alvo, segundo a Secretária de Saúde do Estado de São Paulo. A meta é imunizar 726,1 mil crianças entre 9 e 11 anos, o que corresponde a 80% das meninas nesta faixa etária.
Mulheres e garotas portadoras do vírus HIV, com idade entre 9 e 26 anos, podem tomar duas doses, em um intervalo de dois meses, e devem esperar seis meses em relação à primeira aplicação.
O que é o HPV
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. Sua principal forma de transmissão é via relação sexual, mas também há contágio entre mãe e bebê durante a gravidez ou o parto ( transmissão vertical).
Inicialmente assintomática, a infecção por HPV pode evoluir para lesões de pele e mucosas, em alguns casos também ocasiona o surgimento de verrugas genitais. Quando não tratada corretamente, essas lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero.
A vacina no Brasil
A vacina contra a HPV disponibilizada na campanha é fruto de uma parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório farmacêutico MSD. A instituição iniciou em 2014 a primeira etapa de um processo de transferência de tecnologia que irá permitir, nos próximos anos, a autossuficiência brasileira na produção da vacina.
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