Seis pessoas estão hospitalizadas após ensaio clínico na França; uma em coma

Um paciente está em coma e outras cinco pessoas estão hospitalizadas após ensaio clínico conduzido na França com uma droga experimental, informam os jornais franceses Le Monde e Libération

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Ministério da Saúde francês. A hospitalização dos voluntários ocorreu entre quarta (13) e quinta (14). Todos os pacientes estão internados no Hospital Universitário de Rennes “em estado neurológico preocupante” segundo Marisol Touraine, ministra da saúde da França. 

Ao contrário do que foi inicialmente divulgado, a droga não é derivada da cannabis. A molécula é a BIA 10-2474, que seria destinada ao tratamento de doenças neurodegenerativas como Parkinson. 

A confusão aconteceu porque o composto atuaria nos receptores canabinóides dentro do corpo humano – onde a maconha também atua- mas é uma droga sintética, que não vem da planta. 

Segundo o jornal Le Monde, o ensaio clínico envolvia 90 pessoas. Todos são homens com idade entre 28 a 49 anos. Os voluntários foram chamados e o estado de saúde de todos está sob investigação. 

Seis pessoas estão hospitalizadas após ensaio clínico com droga experimental na França. Foto: Ingimage
Seis pessoas estão hospitalizadas após ensaio clínico com droga experimental na França. Foto: Ingimage

Ainda há poucas informações. O que se sabe é que o desenvolvimento da droga foi feita pelo laboratório português Bial, e que o francês Biotrial comandava os testes clínicos. O estudo era de fase 1.  

O Biotrial é um laboratório conhecido internacionalmente -com sede na França. Realiza diversos testes clínicos desde 1989. Até a publicação desse texto, não havia qualquer menção ao ocorrido no site oficial da instituição. 

Um ensaio clínico possui três fases. A primeira é realizada em voluntários saudáveis com o objetivo de verificar se há qualquer malefício ao corpo humano e se a droga é tolerada. Complicações dessa gravidade são raras nesse período.

O Ministério Público Francês vai acompanhar o caso com uma investigação.


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