Na manhã desta terça-feira (27) a agenda do ministro de Saúde, Ricardo Barros (PP), amanheceu com dois encontros inusitados. Às 18h, ele teria “reunião com ministros da base aliada do golpe” e às 19h iria presenciar a “renúncia do (vice) presidente da república Michel Temer”. O segundo encontro veio acompanhado da hashtag “#ForaTemer.”
Agora, às 11h, a agenda do ministro está fora do ar. O print foi divulgado pelo G1 e também circula na rede. Há suspeitas de que a página foi hackeada e o Ministério da Saúde apura o ocorrido.
A gestão de Ricardo Barros recebe críticas fortes de todos os movimentos da Saúde. Como interino, Barros chegou a afirmar que reveria o tamanho do Sistema Único de Saúde e é visto como um representante das operadoras de planos no Ministério. Ele chegou a receber doação declarada de R$ 100 mil de sócio de administradora de benefícios.
O ministro também criou uma comissão para estudar a criação de planos populares mais baratos. Para ele, eles serviriam para desafogar o SUS. A medida foi criticada por todos os setores da saúde e vários da sociedade. O argumento é que a proposta permite o comércio de planos insuficientes para garantir a assistência ao cidadão.
Barros também fez declarações polêmicas – como a de que homens vão menos ao médico porque trabalham mais. O parlamentar também disse que precisava incluir a igreja na discussão sobre o aborto porque, com “procedimentos inadequados e o aumento do número de mortes”, a igreja precisava ser ouvida sobre a questão.
Durante sua gestão, unidades estaduais do Ministério da Saúde foram ocupadas e funcionários da pasta exonerados lançaram forte campanha contra ele e Michel Temer, dizendo que não reconheceriam o seu governo.
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