Sobem para 2.401 os casos de microcefalia relacionados ao Zika

Novo levantamento divulgado na terça-feira (15) revelou 2.401 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus Zika no País. O dado anterior apontava 1.248 casos suspeitos. As informações são do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde apontam a existência de casos em 549 municípios de 20 unidades da Federação.

Em relação a dados anteriores, mais seis estados notificara casos suspeitos: Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul. 

Os números da Zika
– Do total de suspeitos notificados, foram confirmados 134 e descartados 102
– Continuam em investigação 2.165 casos e 26 mortes

O mosquito Aedes Aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya. Foto: Agência Brasil/Arquivo
O mosquito Aedes Aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya. Foto: Agência Brasil/Arquivo

Como é identifica a presença do vírus

A presença do microorganismo é confirmada por um teste de biologia molecular (PCR) feito em laboratório capacitado.

Se for confirmada a presença do Zika na localidade em um paciente, os outros diagnósticos passam a ser feitos por avaliação médica dos sintomas. De acordo com Claudio Maierovitch, diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, 18 laboratórios centrais e de referência já estão capacitados para a identificação do vírus. 


Regras para atendimento e monitoramento 

Na segunda-feira (14), o Ministério da Saúde lançou um documento que explica como deve ser o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia em todo o País. 

O objetivo do documento é orientar as ações para a atenção às mulheres em idade fértil, gestantes e puérperas, submetidas ao vírus Zika, e aos nascidos com microcefalia.

Conforme o Protocolo de Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, o teste para a confirmação da presença do vírus deve ser feito, preferencialmente, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas.

O documenta reforça o papel das equipes de saúde na tarefa de intensificar a busca ativa de gestantes para o início oportuno do pré-natal e acompanhar o desenvolvimento dos nascidos com microcefalia. Além disso, devem oferecer métodos contraceptivos e orientar ulheres em idade fértil e casais que desejam sobre os cuidados necessários para evitar infecção pelo vírus Zika durante a gravidez.

Outro destaque do protocolo é a ampliação do acesso aos testes rápidos de gravidez. O Ministério da Saúde estima que serão investidos entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões para que os testes estejam disponíveis em todas as unidades da Atenção Básica do País.

Confira a distribuição dos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika

UF

CASOS CONFIRMADOS

ÓBITOS CONFIRMADOS

CASOS DESCARTADOS

ÓBITOS DESCARTADOS

TOTAL EM INVESTIGAÇÃO

Pernambuco

29

0

17

0

874

Paraíba

19

0

30

0

322

Bahia

0

0

0

0

316

Rio Grande do Norte

35

0

4

0

101

Sergipe

51

0

34

0

33

Alagoas

0

0

0

0

107

Ceará

0

1

0

0

79

Mato Grosso

0

0

0

0

72

Maranhão

0

0

7

0

56

Rio de Janeiro

0

0

0

2

57

Tocantins

0

0

7

0

43

Piauí

0

0

0

0

39

Minas Gerais

0

0

2

0

33

Espírito Santo

0

0

0

0

14

São Paulo

0

0

0

0

06

Goiás

0

0

1

0

04

Mato Grosso do Sul

0

0

0

0

03

Pará

0

0

0

0

03

Distrito Federal

0

0

0

0

02

Rio Grande do Sul

0

0

0

0

01

Total

134

01

102

02

2.165

 


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