O número de mortes confirmadas por febre amarela subiu para 46, de acordo o último boletim do governo federal. Até agora, foram reportadas 113 mortes. Desse total, 64 ainda estão em investigação. Até 30 de janeiro, o País registrou 568 casos suspeitos.
Preocupados com o avanço da doença e com o número de casos em Minas Gerais, cientistas e profissionais da saúde se encontram nesta terça-feira (31) no Rio de Janeiro para debater meios de impedir que a enfermidade alcance os centros urbanos. A meta é discutir propostas para uma ação integrada na luta contra doença. Não se pode repetir os erros cometidos no controle da dengue, seguida pela zika e pela chikungunya.
O evento, promovido pela Fiocruz e secretaria estadual da Saúde, fará um balanço do problema no País e da estrutura para o enfrentamento de surtos. Discutirá também o monitoramento de primatas em território fluminense e buscará alinhar ações para a detecção precoce de macacos mortos.
O encontro começa às 8h30 no auditório do Museu da Vida, no campus
da Fiocruz, em Manguinhos, e vai até as 15 horas. É aberto a interessados.
Inscrições no local.
Além de especialistas e autoridades de saúde, foram convidados gestores de unidades de conservação, guardas-parques, montanhistas, guias de ecoturismo, moradores de comunidades rurais do entorno de áreas naturais, pesquisadores em campo.
O fluxo das notificações, que precisa ser rápido em apontar os casos em macacos e humanos, faz parte da pauta. Um dos recursos avaliados será o Siss-Geo, uma nova ferramenta de monitoramento de epizootias – enfermidades contagiosas que atacam um número inusitado de animais ao mesmo tempo e na mesma região e que se propagam com rapidez. É o que está ocorrendo com os primatas.
A vigilância da morte dos macacos é muito importante para medir o avanço da doença. Em sua versão silvestre, a febre amarela é transmitida pelos mosquitos do gênero Haemagogus e Sabhete. Eles incubam e passam a transmitir o vírus após picar macacos infectados pela doença. Por isso, a morte de macacos em florestas e áreas rurais é um alerta da ocorrência da doença.
A forma urbana da febre amarela é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, que infesta as cidades brasileiras e é responsável também pela disseminação da dengue, da zika e da chikungunya.
Se o Aedes picar uma pessoa infectada pelo vírus da febre amarela, pode se contaminar e disseminar o vírus nas cidades. Medidas de vigilância contra o mosquito devem ser intensificadas
Quem deve ir ao posto se vacinar
Ao todo, a população de 19 estados brasileiros têm indicação para se vacinar. As pessoas devem procurar os postos de saúde para tomar a vacina.
A estratégia do governo federal é bloquear o avanço da doença da zona rural para as cidades vacinando a população de regiões vizinhas a Minas Gerais.
São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo fazem parte do plano de reforço vacinal.
Confira aqui a lista oficial de municípios onde a população deve se vacinar.
Com dados da Agência Brasil, Agência Fiocruz e Ministério da Saúde
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