Prévia tucana vai para o segundo turno entre João Dória e Matarazzo

 

 

 

Foto: Luiza Villaméa
Anfiteatro preparado para comemorar o resultado das prévias acabou abandonado pela militância por causa do atraso na apuração dos votos Foto: Luiza Villaméa

 

O candidato tucano à sucessão do prefeito Fernando Haddad (PT) deve ser definido no dia 20 de março, quando acontece o segundo turno das prévias do PSDB, entre o empresário João Doria Júnior e o vereador Andrea Matarazzo. No primeiro turno, dos 6.216 votos, João Doria recebeu 2.681 (43,13%), contra 2.045 (32,89%) de Matarazzo. O terceiro pré-candidato, o deputado federal Ricardo Tripoli, obteve 1.387 votos (22,31%). Para vencer no primeiro turno, o pré-candidato teria de conquistar 50% dos votos mais 1.

Prevista para acabar às 18 horas deste domingo 28 de fevereiro, a apuração dos votos só foi concluída na madrugada da segunda-feira, à 1h40.A maioria dos cerca de 400 filiados do partido que aguardavam pelo anúncio do resultado no anfiteatro do Palácio Anchieta, sede da Câmara dos Vereadores de São Paulo, tinha abandonado o local às 22 horas, quando o sistema de som foi desligado. O palco, preparado para a festa das prévias, acabou não sendo utilizado por nenhum pré-candidato. 

O primeiro turno das prévias foi marcado por tumultos e agressões entre apoiadores dos pré-candidatos, um reflexo da disputa interna em relação às eleições de 2018. Matarazzo, que foi ministro de Fernando Henrique Cardoso, tem a seu lado o ex-presidente e o senador José Serra, eterno candidato ao Palácio do Planalto. João Doria conta com o apoio do governador Geraldo Alckmin, que planeja disputar a Presidência da República em 2018. Tripoli, que se apresentou como candidato de consenso, tem o apoio de José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, e do deputado federal Bruno Covas.

Antes mesmo de começar a apuração dos votos, aliados de Matarazzo e Tripoli se uniram para tentar tirar João Doria da disputa. O ex-governador Alberto Goldman, que apoia Matarazzo, e José Aníbal, que se alinha com Tripoli, pediram que a candidatura de Doria fosse impugnada. Em petição encaminhada à direção do partido, eles acusaram João Doria de abuso de poder econômico, desrespeito à Lei Cidade Limpa e transporte em massa de eleitores. João Doria, por sua vez, afirmou que os adversários estão querendo vencer a disputa no “tapetão”.


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