“Desejo a vocês um futuro positivo e construtivo”, disse a ex-ministra das Pessoas Idosas e da Autonomia da França, Michèle Delaunay, na abertura do seminário Economia da Longevidade: Oportunidade de Crescimento, Inovação e Bem-estar, organizado por Brasileiros na manhã desta quinta-feira (13) em São Paulo. O tom da dirigente francesa resume de forma categórica o que foi dito nos três painéis e pelos seis palestrantes que exibiram ideias, práticas, experiências e visões sobre a economia da longevidade, um ramo que está em crescimento na Europa e que, no Brasil, teve o pontapé dado pelo Centro de Estudos da Economia da Longevidade, parceiro de Brasileiros Editora na organização do evento.
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O seminário teve três painéis: o primeiro, chamado Economia da Longevidade, teve debate entre Rita Almeida, líder da CO.R Inovação e Rui Fava, vice-presidente acadêmico da Kroton Educacional.
Foi a primeira vez que as empresas foram chamadas para discutir o tema no Brasil, mostrar seus “cases” e discutir a visão estratégica sobre a dinâmica populacional. Um dos principais idealizadores do projeto é o diretor da entidade, Jorge Félix, que mantém um blog em Brasileiros sobre o assunto.
“A economia da longevidade é sempre vista como apenas como um filão de mercado e de consumo a partir do maior número de idosos na população. Essa é uma definição simplista e não está de acordo com o que está na literatura e na ação de muitos países europeus, como a França. É uma estratégia de crescimento econômico nos países industrializados e de produção industrial. Mais do que isso, a gerontecnologia estimula a economia, discute o envelhecimento com outra perspectiva que não tratar os mais velhos como bombas-relógios”, disse Félix na abertura do seminário.
A ideia dele é que o evento sirva de incentivo para a formação de redes da economia da longevidade no País, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa. A União Europeia está bastante avançada na formação dessa rede, com o claro intuito de se tornar uma líder global nessa área, dominada pela tecnologia e pela robótica. O mercado que eles visam é o da América Latina, explica. Na opinião do pesquisador, as empresas brasileiras ainda estão muito distantes desse debate por acreditarmos sempre que o Brasil é um eterno país jovem. Por isso a necessidade de colocar o tema em pauta.
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