A alta literatura também se rendeu aos videogames. Já existiam aplicativos bacanas para grandes obras literárias, como o Terra devastada, de T.S.Eliott, e Laranja mecânica, de Anthony Burgess. Também já tinham sido criados jogos para tablets e fones baseados em obras juvenis, como O conde de Montecristo ou A volta ao mundo em 80 dias. Edgard Alan Poe, autor que se situa num limbo entre a literatura juvenil e adulta, também inspirou vários Apps e livros interativos.
Mas foi a partir do jogo The Novelist que a coisa começou a ficar séria, suscitando mesmo debates sobre o futuro da literatura: estaria ele, afinal, num mix de livro interativo e videogame? The Novelist coloca o jogador na pele e na mente de um romancista meio perturbado; ele é obrigado a tomar decisões de maneira a conseguir terminar seu romance sem ter um ataque psicótico com a família, que vive interrompendo seu trabalho.
Marguerite Duras também foi alvo da sedução digital. Seu livro Moderato Cantabile serviu de inspiração para o clima do game Bientôt l’été.
No caso de The Franz Kafka videogame, disponível para iOS, Android, Windows, Mac e Linux, o jovem K., alterego do autor tcheco, perde o emprego e se vê imerso num mundo de labirintos, meio surreal, como as próprias obras de seu criador.
Não deve demorar muito para que Ulysses, de James Joyce, também entre nessa roda (se é que já não entrou!)
Veja a seguir um trecho do The Franz Kafka videogame:
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