Apple diz que FBI formatou senha do iCloud de terrorista nos EUA

Foto: Reprodução/Apple
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O embate entre o FBI e Apple no caso do ataque terrorista de San Bernardino, Califórnia, continua, mas ao que tudo indica o próprio FBI prejudicou “sem querer” as investigações.

A peça de evidência do ataque, que resultou na morte de 14 pessoas e 22 feridas em dezembro do ano passado, é um iPhone 5c, que pertencia a Syed Rizwan Farook, tido pela polícia como um dos autores do ataque, ao lado de sua mulher Tashfeen Malik.

A questão agora trazida é que horas depois do iPhone de Farook ter sido tomado pelo FBI, a senha de seu iCloud foi resetada. A razão disso é que oficiais tentavam ganhar acesso remoto à conta.

Também era uma tentativa de obter informação sobre a atividade de Farook que levou ao ataque. Em comunicado oficial publicado no domingo, o FBI confirmou que trabalhou em cooperação com os oficiais do San Bernardino County quando a senha foi restaurada.

Pois nessa última sexta-feira (19), executivos da Apple disseram a repórteres que se a senha do iCloud não tivesse sido mudada, não havia a necessidade de criar uma brecha na criptografia do telefone. Na semana passada, o FBI pediu a gigante de tecnologia que criasse uma brecha para ganhar acesso ao telefone do suspeito do ataque.

Na mesma ocasião, Tim Cook, CEO da Apple, publicou uma carta negando o pedido. Seu argumento era de que se o atendesse, a companhia acabaria criando uma grande porta para que outros também hackeassem os aparelhos da Apple.

O FBI respondeu com a emissão de uma ordem judicial do Departamento de Justiça “obrigando” a Apple a colaborar com a investigação. Nesse pedido, o próprio FBI revelou que os oficiais de San Bernardino, na tentativa de ganhar acesso ao iCloud de Farook, acabaram resetando sua senha horas depois que o telefone foi obtido.

A Apple revelou a repórteres que ao formatar a senha do iCloud, os oficiais acabaram bloqueando o acesso da companhia aos backups. Se os oficiais não tivessem mudado a senha, a Apple poderia ser capaz de ganhar acesso ao backup como já aconteceu em outras investigações sem a necessidade de criar uma brecha na criptografia do aparelho.

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