Brasileiro já passa mais de 5 horas por semana em serviços como Netflix

Wagner Moura interpreta o traficante Pablo Escobar. Foto: Divulgação
Wagner Moura interpreta o traficante Pablo Escobar. Foto: Divulgação

O brasileiro passa cada vez mais tempo assistindo a filmes, programas e seriados em serviços sob demanda como Netflix, iTunes Store e YouTube, aponta a mais nova edição do estudo anual TV & Media, feito pelo Consumer Lab, da Ericsson.

De acordo com o levantamento feito em 2015, os entrevistados do Brasil disseram gastar uma média de cinco horas e meia por semana assistindo a conteúdos em serviços como Netflix, que podem ser reproduzidos quando o consumidor quiser e sem comerciais. O número significa um aumento significativo em relação à média de três horas e meia registrada pela pesquisa em 2011, justamente o ano em que o Netflix chegou oficialmente ao país.

Para efeito de comparação, a média mundial registrada neste ano pelo Consumer Lab é de seis horas por semana com vídeos sob demanda, duas vezes mais do que as três horas semanais informadas pelos entrevistados em 2011.

Além disso, a sexta edição do estudo da Ericsson aponta que mais de um terço (36%) do conteúdo em vídeo consumido pelos brasileiros vem desses serviços sob demanda – o número é quase igual à média mundial, de 35%.

Um episódio por dia

Como o brasileiro gasta cerca de 5 horas e meia por semana vendo conteúdo sob demanda, podemos dizer que ele assiste diariamente a um episódio de House of Cards ou Narcos, séries originais do Netflix com duração aproximada de 45 minutos – ou faz uma “maratona”, cada vez mais comuns, para assistir a vários episódios em seguida.

Falta de opção e preço alto são “vilões”

Entre as razões para essa mudança de comportamento em direção ao vídeo sob demanda estão a falta de opções de conteúdo na chamada TV tradicional. Dois terços dos brasileiros (66%) alegam não conseguir encontrar nada interessante para assistir na TV.

O custo menor de serviços de streaming como o Netflix, que tem preços a partir de 20 reais mensais no Brasil, certamente é outro fator preponderante na escolha por uma plataforma desse tipo em detrimento de outras opções como TV a cabo, sempre muito criticada pelos altos preços no país.

“A expectativa é que Netflix e outros serviços cresçam no Brasil. O Netflix é um novo modelo de negócio que agrega muito mais valor e tem um ótimo custo benefício para o usuário. A pessoa pensa: ‘Não preciso ter 200 canais na TV a cabo se só vou assistir a 5 deles’”, afirma a gerente de Marketing da Ericsson na América Latina, Júlia Casagrande.

Na mira

Não por acaso, o Netflix já estaria deixando as empresas de TV  a cabo brasileiras um pouco assustadas. Segundo reportagem do UOL, o Netflix teria pelo menos 2,5 milhões de assinantes no país, o que representaria um faturamento de cerca de 500 milhões de reais em 2015. Atualmente, o Brasil possui cerca de 19,76 milhões de assinantes de TV a cabo.

Quarto mercado do Netflix no mundo, atrás apenas de EUA, Reino Unido e Canadá, o Brasil vem recebendo cada vez mais atenção da empresa por meio de produções originais como Narcos, estrelada por Wagner Moura e dirigida por José Padilha, e a ainda inédita 3%, primeiro seriado da plataforma produzida no país.

*IDG é marca registrada da IDG (International Data Group), licenciada exclusiva no Brasil pela DigitalNetwork!Brasileiros, divisão de mídia digital da Brasileiros Editora


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